Da
Agência O Globo
As
operadoras de telefonia celular querem que a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) reduza pela metade o prazo que permite ao usuário
fazer nova ligação para o mesmo número gratuitamente caso a chamada tenha caído
ou seja interrompida. A proposta apresentada pela Anatel é de que o tempo seja
de até 2 minutos ou 120 segundos. Segundo as empresas, em 80% dos casos as
novas ligações ou chamadas sucessivas ocorrem em até 60 segundos. Os argumentos
foram apresentados na consulta pública que terminou neste final de semana.
A
proposta da Anatel recebeu 58 contribuições de consumidores e operadoras. As
outras sugestões da Claro, Oi, Vivo e TIM são de que o prazo de implantação
para a nova medida seja de até 150 dias para que as empresas se adaptem e a
criação de um grupo de trabalho incluindo operadoras e técnicos da Anatel para
estudar como isto será feito.
A
nova regulamentação favorece principalmente os usuários de planos que cobram
por chamada. Nos planos em que a cobrança é por minuto, o usuário vai pagar
pelo tempo efetivo que falou, caso a ligação seja interrompida e ele precise
fazer nova chamada. A nova regra valerá para todos os planos básico e
alternativos e para as ligações móvel/móvel e móvel/fixo. A expectativa dos
técnicos é de que todo o processo esteja concluído em setembro.
A
Oi afirma que a regulamentação terá um grande impacto na tarifação e que há
dificuldade nos processos de cobranças, principalmente no sistema pré-pago. A
proposta da Oi é de que o sistema atual seja mantido nos planos em que a
cobrança é feita por minuto e que a mudança seja adotada para os planos por
chamada.
A
Vivo pretende reduzir o tempo de 120 segundos para 60 segundos ou 1 minuto. A
segunda proposta é de que esta regra somente seja revista quando a Anatel elaborar
a nova regulamentação do Serviço Móvel Pessoal, o que deverá acontecer ainda
este ano. E por último pretende que a agência conceda um prazo de pelo menos
120 dias para a implantação do novo sistema.
A
TIM afirmou que concorda com a medida da Anatel e lembra que já começou a
implantar o sistema em seis estados do Nordeste. Mas mesmo assim reivindica que
seja dado prazo de 150 dias para o sistema das ligações originadas dos usuários
de planos pré-pagos. E defendeu também que sejam excluídas da proposta as
chamadas interrompidas por escolha do usuário.
O
Procon de São Paulo, apesar de concordar com a nova regulamentação, reclamou
que o prazo da consulta pública foi pequeno. Ele defende ainda que deve ser
modificada a forma de participação da sociedade nas consultas públicas e quer a
realização de mais audiências públicas para o debate dos temas.
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