Da Agência
Brasil
O
situação de um país, em geral, se mede pelo Produto Interno Bruto (PIB) – que é
a soma de todas as riquezas produzidas - e pela renda, mas também pode ser
medida por outro quesito: a felicidade, segundo o estudo 2012: Desenvolvimento
Inclusivo Sustentável?, divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Em
outubro, o Ipea pediu a vários brasileiros que dessem, em uma escala de 0 a 10,
uma nota sobre a satisfação pessoal. A média nacional foi 7,1, que coloca o
Brasil na 16ª posição entre 147 países avaliados em uma pesquisa mundial do
Gallup World Poll. Em 2010, a nota da felicidade no Brasil era 6,8, conforme a
mesma pesquisa. Com uma média de 7,38, a Região Nordeste é a mais feliz do
país, seguida pelo Centro-Oeste (7,37), pelo Sul (7,2) e pelo Norte (7,13). Em
última posição, ficou o Sudeste, com 6,68.
Para
o presidente do Ipea, Marcelo Neri, embora os indicadores mostrem crescimento
econômico pouco expressivo este ano, a satisfação do brasileiro não tem sido
afetada drasticamente. “Temos mais felicidade que dinheiro no bolso”, disse.“O
brasileiro é consumista, mas não é isso que o define. Os dados mostram que a
felicidade aumentou ao longo do tempo e que a variação de renda não implica em
grandes variações de satisfação,” destacando que nenhum outro país é tão
“insensível” à variação de renda, em comparação a outras nações. O Ipea aplicou
o questionário em 3.800 domicílios.
No
entanto, o estudo mostra que a satisfação aumenta conforme a renda sobe. Os
brasileiros que não têm renda a nota média foi 3,73. Já aqueles que vivem com
até um salário mínimo, a nota foi 6,53. Quem tem renda superior a R$ 5.451, a
nota foi 8,36.
Em
relação à escolaridade, pessoas sem instrução deram uma nota média de 6,4.
Aqueles com o ensino fundamental completo, a nota foi 6,95, e com o ensino
médio completo, 7,17. Com ensino superior completo, a média foi 7,85.
A
pouca diferença entre as avaliações, segundo Neri, é por causa do aquecimento
do mercado de trabalho e acesso ao ensino. “A educação no Brasil vem crescendo
e saindo de níveis muito baixos. A oferta de trabalho aumentou e o preço dela
diminuiu”.
O
Ipea aponta que a Pesquisa Mensal de Emprego (PME),do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), mostrou crescimento de 4,89% da renda per
capita média da população no último ano. A diferença da renda domiciliar per
capita caiu 40,5% este ano. Esses dados, segundo o instituto, embasam as
explicações sobre a satisfação do brasileiro.
O
estudo segue as recomendações do Relatório Stiglitz-Sen, criado em 2008 a
pedido do então presidente da França Nicolas Sarkozy, para a elaboração de um
método alternativo de mensurar o crescimento de um país. Segundo o relatório, a
riqueza deve ser medida pela renda e consumo das famílias, pela distribuição,
estoque de riqueza e por medidas de bem-estar.
Um comentário:
felicidade ou alegria?
a primeira só em DEus! a outra é possível!
Postar um comentário