Da
Agência Estado
O
crescimento das empresas de educação no ensino superior está intimamente
atrelado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) programa do governo
federal, e qualquer mudança nele quebraria boa parte das instituições, opina
Rodrigo Capelato, diretor executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).
"Hoje
todo mundo está muito tomado com Fies, todos sabem que é a única forma de
expandir", conclui Capelato. Segundo ele, o receio de uma mudança política
alterar os planos do governo para o programa ainda afeta os executivos das
empresas, em especial as que têm porte menor do que as que hoje lideram o
mercado e têm capital aberto em bolsa. Apesar do risco, o especialista acredita
que o risco seja baixo. "O crescimento do Fies é a verdadeira trava de
segurança, não acredito que o governo alteraria as regras sabendo do que isso
significaria para as empresas."
Segundo
dados do governo federal compilados pelo Semesp, o número de novos contratos de
alunos com o Fies alcançou 305 mil apenas de janeiro a agosto de 2012. Trata-se
de um grande salto em relação ao ano anterior, quando nos doze meses foram
firmados 176 mil contratos. Capelato avalia, ainda, que a perspectiva é de que
os contratos alcancem 500 mil até o fim deste ano e que o Fies deva continuar
embalando o alto crescimento das matrículas nas instituições de ensino
superior.
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