Começa hoje (22) à noite em
Olinda a 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE),
considerada o maior evento estudantil da América Latina. Na abertura haverá a
apresentação do espetáculo Gonzagão – A Lenda, dirigido por João Falcão e show
do músico Lenine. Pela primeira vez, as atividades da Bienal acontecem a céu
aberto, na Praça do Carmo, uma das principais da cidade. A intenção é envolver
a comunidade e atrair quem passar ali por perto.
“Ao ar livre, fazemos parte da
fotografia da cidade. A população pode vir e participar ativamente do que a
gente pensou e desenvolveu em todos os sentidos, desde o conceito, os debates e
as oficinas”, diz o coordenador da Bienal, Rafael Buda. Ele informa que todas
as atividades são gratuitas.
Serão cinco dias de teatro,
música, cinema, esportes, além de apresentações de trabalhos acadêmicos e de
extensão. A maioria das atividades será dirigida por estudantes selecionados em
meio a trabalhos procedentes de todo o país. A mostra universitária apresenta
193 trabalhos selecionados. Confira a programação clicando aqui.
“A relação da UNE com a cultura é
histórica. É uma relação que reforça nossa luta. A cultura cumpre papel de
inclusão social, um papel mobilizador gigantesco. Consegue, através de uma
música, de uma peça de teatro, contagiar de uma forma que muitas vezes uma
passeata não consegue”, explica a diretora de Cultura da UNE, Maria das Neves.
O tema este ano é A volta da Asa
Branca, uma homenagem ao sanfoneiro Luiz Gonzaga. Os organizadores explicam que
o tema remete a volta dos nordestinos à sua terra de origem. “Segundo o IBGE,
desde 2005, diversos nordestinos retornaram para suas casas. Isso faz com que a
gente faça essa reflexão das idas e vindas do povo e como a gente encontra essa
perspectiva de alegria, de conquista e de perseverança que nosso povo tem”, diz
o coordenador, Rafael Buda.
Além de Luiz Gonzaga, serão
homenageados representantes de cada uma das áreas representadas no evento.
Patativa do Assaré foi o nome escolhido para a literatura, J.Borges para as
artes visuais, Ariano Suassuna para as artes cênicas, Jackson do Pandeiro para
a música, Gilberto Freyre para a Ciência e Tecnologia e Josué de Castro para os
projetos de extensão.
A Bienal da UNE passou por
lugares conhecidos pela sua efervescência cultural, tais como a Lapa e o
Pelourinho. Ao todo, cinco cidades sediaram o evento, algumas delas mais de uma
vez: Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Olinda e São Paulo.
Agência Brasil
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