Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem |
Ciente de que os resultados de
seus dois últimos anos de governo serão estratégicos para suas pretensões
nacionais, o governador Eduardo Campos (PSB) trabalha para evitar o surgimento
de novas agendas negativas no campo administrativo daqui para frente.
E uma das
preocupações do socialista é com o andamento das novas gestões municipais. Ele
quer que os prefeitos cumpram a “tarefa de casa” de forma exemplar, ao menos no
próximo biênio, para que o impacto e a repercussão das ações do Executivo
estadual sejam potencializados ao máximo.
O secretário da Casa Civil, Tadeu
Alencar, recebeu a incumbência de organizar um encontro com os 184 prefeitos
eleitos de todo o Estado a fim de repassar a “mensagem”. A reunião, marcada
para os dias 21 e 22 de fevereiro, servirá para que o governo exponha o
planejamento de suas ações e, ao mesmo tempo, mostre como os prefeitos não só
podem, como têm a obrigação de “colaborar”.
“Queremos que haja uma sinergia
entre as políticas do Estado e dos municípios. Até mesmo as tarefas que,
tradicionalmente, são de responsabilidade do Estado dependem também das
políticas municipais”, explicou o chefe da Casa Civil. Ele cita o caso da
Segurança Pública que, constitucionalmente, é de responsabilidade do Executivo
estadual, mas está relacionada diretamente com pequenas intervenções das prefeituras,
a exemplo do cuidado com a iluminação.
O governo também cobra que os
municípios façam sua parte nas políticas de ressocialização de menores
infratores. A área se transformou num dos principais calos da segunda gestão de
Eduardo Campos, após as sucessivas rebeliões nas sedes da Fundação de
Atendimento Socioeducativo (Funase). Ontem mesmo aconteceu uma reunião entre
representantes do governo do Estado, Ministério Público e Tribunal de Justiça
para debater uma fiscalização mais incisiva dos procuradores sobre intervenções
das prefeituras nesse setor.
A reunião com os gestores
municipais também discutirá ações nas áreas de Educação e Saúde. A ideia é
deixar claro qual é a responsabilidade das gestões municipais em cada uma
dessas áreas. O governador quer evitar que possíveis deficiências nas gestões
tragam reflexos negativos ao seu governo. “Temos que colocar a responsabilidade
no colo de cada uma das partes. Isso não quer dizer que a falta de colaboração
dos municípios é generalizada. Há municípios que colaboram”, disse Tadeu, que
também procurou afastar a conotação política da iniciativa. “Quando se faz um
bom governo, a política está feita”, resumiu.
Jornal do Commercio
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