quarta-feira, 10 de abril de 2013

IGREJAS DE BUENOS AIRES AJUDAM A CONTAR A HISTÓRIA DO PAPA FRANCISCO

Do http://g1.globo.com
programaestilom.blogspot.com
As igrejas de Buenos Aires ajudam a contar um pouco da história de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco. E entraram para o roteiro turístico depois da eleição do religioso argentino. A capital argentina é meio cópia da Europa, basta ver o apreço pelos palácios. 

Um deles é a réplica do Palácio de Bourbon, em Paris. Entretanto, em vez de esculpir Napoleção e seu exército, o alto relevo retrata o encontro de José do Egito com seu pai Jacó. Enquanto na França funciona a Assembleia Nacional, em Buenos Aires é uma igreja: a Catedral Metropolitana. Mais de 400 anos de história. Refeita e reformada muitas vezes, reflete vários estilos: do barroco ao romano.

O acervo artístico atrai gente de toda parte. E agora, mais do que nunca, porque Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, morava aqui, era o arcebispo. A Catedral Metropolitana foi declarada patrimônio histórico nacional em 1942. Um de seus símbolos mais recentes transcende as paredes do templo. É uma oliveira, plantada em 2000, pelo então arcebispo Bergoglio, como compromisso ecumênico de educar para paz.

O olhar curioso também se dirige à Basílica de São José, no bairro de Flores. Foi lá dentro que Bergoglio se convenceu de sua vocação sacerdotal. Aos poucos se descobre que Buenos Aires não tem uma cultura religiosa muito exposta. Mais de 70% dos argentinos se declaram católicos. Menos de 30% são praticantes. Mas, se alguma coisa mudar, igreja não falta – são 186 paróquias e 65 igrejas e capelas.


A mais antiga é a de San Ignácio, no bairro de Monserrat. Onde também está o órgão de tubo mais antigo da capital. Foi a primeira construção de tijolo da cidade. Obra de jesuítas. O campanário já serviu de torre de vigia contra a presença de piratas no Rio da Prata. E a igreja virou quartel durante a invasão inglesa, em 1806.

A mesma guerra que deixou marcas na torre da Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Pedaços de madeira lembram os tiros de canhões. A igreja e seu convento dominicano viraram trincheira dos invasores. A mesa de estilo luso brasileira testemunhou o acordo de rendição dos ingleses.

Outra agressão viria em 1955, pelas mãos de Domingo Perón, que mandou incendiar as igrejas católicas. O altar principal foi destruído. E como quem renasce das cinzas a igreja é renascentista. A fúria peronista também profanou a Igreja de São Francisco. O templo se reergueu mais simples, como convém ao santo. O altar é de tapeçaria.

Mas é na Basílica do Santíssimo Sacramento que os famosos gostam de se casar. Estilo eclético, de teto baixo, bem diferente. O altar é um tesouro: com ouro, prata, mármore carrara, granito azul.

Uma das principais igrejas de Buenos Aires, na visão do Papa argentino, curiosamente, é a Paróquia Virgem de Caacupé, que fica na Villa 21, uma favela na periferia da capital. Numa das muitas vezes que o então arcebispo Jorge Bergoglio passou por ela, ele inaugurou um projeto de recuperação de viciados em drogas, lavando os pés desses jovens.

Muitos deles, agora, ajudam no projeto, seguindo o mesmo gesto. A história da igrejinha está pintada nas paredes e vem desde o Paraguai. Origem da maioria dos fiéis. É uma igreja comunitária. O padre Juan, não tem dúvida, "quando o Papa desejou uma igreja pobre para os pobres, estava pensando nesta igrejinha de Caacupé.

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