Pautada para ser votada hoje (23)
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a proposta cria uma lei
nacional para regulamentar a concessão do benefício e, entre outros pontos,
determina que a meia-entrada fique limitada a 40% do total de ingressos
disponíveis para cada evento.
Em ato na Câmara dos Deputados,
estudantes, artistas e produtores culturais ressaltaram a importância de se
regulamentar a meia-entrada depois de mais de uma década de discussões. “É um
momento histórico porque há uma década estudantes e a classe artística não
estavam tão juntos como hoje”, frisou Wagner.
“As dúvidas que naturalmente
surgem serão esclarecidas. O importante é que a essência da lei é boa para a sociedade.
Estudantes e os adultos pagarão mais barato e os espetáculos terão mais
público. Todo mundo ganha”, acrescentou o ator.
O presidente da União Nacional
dos Estudantes, Daniel Illiescu, disse que a regulamentação fortalece a
política da meia-entrada. Segundo ele, a nova política ajudará a reduzir o
percentual de 70% de universitários que nunca entraram em um teatro.
A atriz Beatriz Segall ressaltou
que a classe artística nunca foi contra a meia-entrada, mas, sim, ao fato de a
categoria ter que arcar com os custos do benefício. “Essa luta é muito antiga e
agora chegamos a um entendimento, Não somos contra a meia-entrada, mas contra
este imposto de 50%, que nos obriga a aumentar o preço para compensar a
meia-entrada. Isso é um dever do Estado”, ponderou.
O parecer do relator da proposta
na CCJ, deputado Vicente Cândido (PT-SP), prevê, entre outros pontos, que a
emissão da Carteira de Identificação Estudantil caberá à Associação Nacional de
Pós-Graduandos, à União Nacional dos Estudantes, e à União Brasileira dos
Estudantes Secundarista, além de entidades estaduais e municipais filiadas a
essas instituições.
De acordo com o relatório também
terão direito à meia-entrada os jovens de 15 a 29 anos de idade, de baixa
renda, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal,
cuja a renda familiar mensal seja de até dois salários mínimos.
Agência Brasil

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