quarta-feira, 10 de julho de 2013

Blog do Magno Martins: coluna da quarta-feira

DILMA, A FARRAPEIRA - O que estava previsto se concretizou: Dilma não deu as caras, ontem, no ato de abertura da marcha dos prefeitos em Brasília. Sobrou para o presidente da Federação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, que levou uma tremenda vaia ao anunciar a ausência dela.

Dilma não tolera Ziulkoski desde que, a pedido dele, foi ao primeiro encontro nacional de prefeitos e acabou hostilizada. De cara feia e desconfiada que fosse vaiada, a presidente mandou a ministra Ideli Salvatti comunicar aos organizadores do evento que não iria mais.

A própria Ideli criou expectativa de que, hoje, último dia da marcha dos gestores públicos municipais a Brasília, a presidente poderia comparecer.

A esta altura, quem acredita mais? Ninguém. E olha que havia um ambiente favorável para Dilma diante do acerto prévio de que anunciaria um pacote de bondades direcionado aos municípios!

Já estava acertado, dentre as medidas, a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, o que soou bem aos ouvidos dos prefeitos, que andam a cada dia mais lisos e enjoados pelos cortes bruscos nos repasses constitucionais, notadamente o FPM, cuja primeira cota liberada, hoje, sai com 17% a menos em relação ao mesmo período do ano passado.

Em meio às manifestações que pipocaram no País, a presidente chegou a afirmar que voltaria a percorrer os Estados, misturando-se ao povo sem cerimônias.

Pelo jeito, ao dar um não, ontem, aos prefeitos, a presidente demonstrou que não anda com tanta corajosa assim para enfrentar o público, especialmente plateias hostis.

CHAPA BRANCA – As centrais sindicais, 11 no total, promovem, amanhã, o dia nacional de luto, dando sequência às manifestações que tomaram as ruas do País por força das redes sociais. Como em sua grande maioria há um atrelamento com o Governo e o movimento conta com o apoio do PT, o que se diz por aí é que teremos a passeata chapa branca. E que não conta, portanto, com a simpatia e a confiança do povo brasileiro.

ABAFADOR DE VAIAS – “Não é por aí, temos que ser democratas”, reagiu, ontem, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, ao tentar abafar uma vaia estrondosa que levou ao anunciar a ausência da presidente no evento. Mesmo assim, os prefeitos não cessaram desapontados com a omissão de Dilma.



REBELIÃO EM OLINDA – A bancada governista na Câmara de Olinda se rebelou, ontem, contra o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). E engrossou o discurso dos oposicionistas em relação ao abandono dos bairros Jardim Brasil I e II, Vila Popular, Cidade Tabajara e Rio Doce. Entre os que criticaram Jorge Federal (PSD), Mônica Ribeiro (PDT) e o socialista Algério.

VIROU FINADO – A Câmara dos Deputados reconheceu, ontem, que a reforma política proposta via plebiscito não vigora para as eleições de 2014. Com isso, sepultou a tese do governo de uma vez, tendo em vista que não interessa fazer uma consulta popular agora para entrar em vigor apenas nas eleições de 2018.


AUMENTO DO FPM 
Dos três senadores de Pernambuco, apenas Humberto Costa participou, ontem, da reunião dos prefeitos com a bancada do Estado no Congresso. Durante o encontro, o presidente da Amupe, José Patriota, elencou os cincos principais pleitos dos gestores, entre os quais o empenho da bancada para aprovar a PEC que aumenta em 2% o FPM.







CURTAS

PROPOSTAS – Os prefeitos querem também atualização do valor per capta repassado pela União aos municípios, à realização de um encontro de contas dos municípios com a Previdência Social e o parcelamento dos débitos de responsabilidade dos municípios junto ao Governo Federal.

TUDO LISO – Desabafo do prefeito de Palmares, João Bezerra (PSB), no encontro de ontem com a bancada federal: “A gente acorda de manhã e já tem uma fila de gente na porta para atender e cobrar por serviços. É muito programa, muita boa vontade, mas pouco dinheiro para cumprir com as obrigações”.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: E Dilma aparece ou não hoje no último dia da marcha dos prefeitos a Brasília?


'Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua'. ( Provérbios 16-1)

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