Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press. |
Ao som do instrumento ao qual se
dedicou a vida toda, Arlindo dos 8 baixos foi enterrado por volta das 17h desta
quinta-feira no cemitério de Santo Amaro. O cortejo chegou ao local seguido por
familiares amigos e fãs do compositor, que tocava como um mestre, mesmo com
todas as deficiências físicas. Arlindo tinha as duas pernas
O público presente na cerimônia
não cansava de aplaudir a acompanhar, com um choro discreto, toda a caminhada
em direção ao sepultamento do sanfoneiro. O corpo, que foi velado na Câmara dos
Vereados, recebeu homenagens de diversos compositores que fizeram parte da
carreira de Arlindo. Paulinho do Acordeon, Beto Hortis e Severino dos 8 baixos,
fizeram questão de aparecer para prestigiar o mestre com um show rechado com
músicas do artista.
"Arlindo foi um cara que
perdeu a visão, mas passou a enxergar mais", comentou o, Tarcisio Bocão,
radialista e amigo há mais de 20 anos. Além da grande perda para o estado e
para o Brasil, Arlindo deixou a responsabilidade de continuação do seu trabalho
para outros mestres do forró. "Agora nós temos que nos unir para não
deixar essa cultura tão rica morrer", relatou o sanfoneiro Cezzinha, que
teve a oportunidade de trabalhar com Arlindo em várias ocasiões.
Arlindo morreu aos 72 anos nesta
quarta-feira, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
(Imip), no bairro dos Coelhos. O músico, considerado Patrimônio Vivo de
Pernambuco desde o ano passado, deixa esposa e quatro filhos.
Diário de Pernambuco
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