Foto: Clemilson Campos/JC Imagem |
Apesar de a informação não ser
confirmada publicamente, o PT de Pernambuco já trabalha com um prazo para
entregar os cargos que o partido possui no governo do Estado e na Prefeitura do
Recife.
Em 10 ou 15 dias a legenda deve deixar as gestões do PSB atendendo a um
pedido do ex-presidente Lula (PT), que reuniu parte da cúpula da legenda em São
Paulo nessa terça-feira (8). No Instituto Lula, o ex-presidente traçou o
destino do partido, em companhia do presidente nacional do PT, Rui Falcão, do
senador Humberto Costa (PT) e dos deputados federais João Paulo (PT) e Pedro
Eugênio (PT), que preside o PT no Estado.
A reunião aconteceu logo após a
ex-senadora Marina Silva assinar a ficha de filiação no PSB, o que foi
identificado por defensores do governo como um movimento que acelerou as
articulações para a eleição presidencial de 2014. No PSB, a candidatura do
governador Eduardo Campos (PSB) à Presidência passou a ser tratada como irreversível.
Foi nesse cenário que o
ex-presidente Lula cobrou uma postura mais idenpendente do PT pernambucano em
relação ao governo de Eduardo. Após fazer uma análise da conjuntura política
atual, o ex-presidente prometeu que vai acompanhar de perto a situação da
legenda no Estado. O lançamento de uma candidatura própria ou o eventual apoio
ao senador Armando Monteiro (PTB) não chegou a ser discutido.
A decisão, porém, ainda precisa
passar pela resistência de parte do PT pernambucano, que defende a permanência
no grupo do governo. Atualmente, a legenda possui um secretário municipal,
Eduardo Granja (Habitação), e um secretário-executivo no Estado, Oscar Barreto
(Agricultura); presidente do PT do Recife. Caberá a Pedro Eugênio conduzir o
processo junto a Executiva Estadual do partido.
Ouvido pelo Blog na tarde desta
quarta (9), Eduardo Granja lembrou que, há 20 dias, uma decisão da Executiva
Nacional do PT definiu pela permanência nos governos socialistas. Dias depois,
a orientação foi referendada por unanimidade em uma reunião da Executiva
Estadual. "Não é o senador ou o deputado que vão definir se o PT fica ou
sai [do governo], é o Diretório", afirmou.
Para ele, não existe nenhuma
crítica programática que oriente a saída do Estado ou da PCR. Ele também
afirmou que há dentro do PT quem defenda o apoio a um candidato que guardaria
muito menos proximidade com os ideais do partido que o PSB, numa referência ao
senador Armando Monteiro (PTB).
NE10
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