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Uma em cada 14 mulheres foi
agredida sexualmente por alguém que não era seu companheiro, segundo um
primeiro estudo de violência sexual contra as mulheres no mundo.
Embora os números sejam
frequentemente parciais ou inexistentes, os autores da pesquisa publicada nesta
quarta-feira (12) pela revista britânica The Lancet são categóricos.
"Descobrimos que a violência
sexual é uma experiência comum compartilhada pelas mulheres do mundo inteiro e
que em quatro regiões é endêmica, com índices de agressão que alcançam mais de
15% das mulheres", indica a autora do estudo, Naeemah Abrahams, de um
instituto de pesquisa sul-africano.
Os pesquisadores examinaram a
situação em 56 países no total, com base em resultados de 77 estudos.
No total, 7,2% das mulheres
interrogadas reconheceram que haviam sido agredidas sexualmente por pessoas que
não eram seu companheiro.
As taxas mais elevadas de
agressões sexuais foram registradas na África subsaariana, com um recorde de
21% na África central e 17,4% na África austral.
Na América Latina, a zona andina
lidera a quantidade de agressões na região (16,6%), seguida pela América
Central (9,3%) e Brasil (8,3%), enquanto no cone sul Argentina e Uruguai têm
uma incidência muito menor (1,9%).
As taxas observadas no sul da
Ásia também são mais baixas (3,3%), assim como no norte da África e no Oriente
Médio (4,5%).
A situação na Europa é mais
contrastada: os países da Europa oriental têm os índices mais baixos (6,9%),
contra 10,7% na Europa central e 11,5% na Europa ocidental.
Abrahams declarou que o estudo
foi realizado com dados muitas vezes parciais ou inclusive inexistentes em
algumas regiões. Também admitiu que o conceito de agressão sexual não estava
padronizado no mundo.
Fonte: AFP
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