Um caso da febre chikungunya foi
confirmado pela Secretaria de Saúde (SES) de Pernambuco, nesta quarta-feira
(15). Além desse, outros cinco estão sendo investigados.
Apesar disso, nenhum
dos pacientes contraiu o vírus no Estado, inclusive o paciente já infectado,
que teria pego a doença na República Dominicana e viajou para o Ceará. As
autoridades sanitárias afirmam estar se preparando para uma provável presença
do agente patológico, que pode ser transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti (o
mesmo que passa a dengue para humanos) e Aedes albopictus.
Uma das estratégias é a
antecipação, de novembro para a próxima semana, do Levantamento de Índice
Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa). O estudo vai mapear a proliferação dos
dois insetos. Apesar da iniciativa combinada, está sendo dada atenção especial
à Chikungunya. Segundo a coordenadora geral de combate de doenças e agravos da
SES, Roselene Hans, o risco de Pernambuco começar a ter pessoas infectadas no
próprio território é real. Isso acontece porque o Estado tem o vetor em todos
os municípios. Basta que esses mosquitos, que ainda não carregam o vírus,
piquem uma pessoa infectada para que se dê início a cadeia de transmissão.
“Assim como a dengue, o
chikungunya não possui vacina, logo, o meio mais eficaz de controle da doença é
controlando o vetor. Por isso, os municípios precisam estar preparados. É
essencial que as ações sejam antecipadas”, explica Roselene.
Os sintomas incluem febre de
início agudo, dores articulares e musculares, dores de cabeça, náusea e fadiga.
A principal manifestação clínica que difere a doença da dengue são as fortes
dores nas articulações. A enfermidade também pode se evoluir para as fases
subaguda e crônica. Presente em países da África, Ásia e Caribe, o chikungunya
já infectou 211 pessoas no Brasil. Entre os casos, 173 são autóctones –
contraídos no mesmo local de origem do paciente. O município do Oiapoque (AP)
registrou 17 casos, e Feira de Santana (BA), 156.
Folha de Pernambuco
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