quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Do Blog do Magno Martins: coluna da quinta-feira

ESCÂNDALO RETARDA MINISTÉRIO - Uma semana sem produzir esta coluna, devido ao agendão cumprido nos chamados santuários eleitorais do Bolsa Família no Nordeste, retomo, hoje, em meio a um cenário nacional complexo e preocupante, agudizado por um escândalo na Petrobras com uma extensão maior do que se imaginava.

A sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, em cima dos desvios de recursos em contratos da Petrobras, afeta, inclusive, a escolha dos novos ministros de Dilma Rousseff. Pressionada desde a reeleição para divulgar os nomes, a presidente deve aguardar os desdobramentos das investigações para evitar a indicação de políticos envolvidos no escândalo.

Para escolher nomes com fichas limpas vai ser uma dureza, até porque o esquema é tão amplo que parece que não vai escapar ninguém. Neste momento, a presidente se tentar antecipar sua equipe, arrisca a nomear alguém que, depois, vai descobrir ser investigado e/ou preso por conta do escândalo.

Até o momento, o Superior Tribunal Federal (STF) não divulgou os nomes dos políticos com foro privilegiado que são citados nos depoimentos, mantidos em sigilo, dos 23 executivos de grandes empreiteiras detidos na Lava Jato.

Estima-se que ao menos 70 nomes – entre deputados federais, senadores, governadores e ex-detentores de cargos públicos – tenham sido mencionados pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pelo doleiro Alberto Yousseff e pelos executivos presos em Curitiba desde sábado.

A montagem de um novo Ministério não é fácil para nenhum presidente. Neste momento, para Dilma, é mais complicado. Até agora, são desconhecidos os desdobramentos da Operação Lava Jato e o impacto sobre o campo político. Ao que tudo indica, estamos diante de um esquema de corrupção que deixará o mensalão como ação de principiante.

BURACO – Enquanto as grandes construtoras estão sendo flagradas com o pé no crime, as pequenas e médias empreiteiras estão à beira de um buraco. Elas temem encerrar o ano sem receber do governo federal. O caso mais delicado é o das empresas de construção civil que pegaram obras do Minha Casa, Minha Vida, relata de Brasília o companheiro Ilimar Franco.

BYE-BYE BRASÍLIA – Com 10 mandatos consecutivos, tendo já ocupado todos os cargos de direção na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, inclusive a Presidência da Casa e a Vice-Presidência da República interinamente, o deputado Inocêncio Oliveira fez, ontem, com uma carga elevada de emoção, as suas despedidas do Congresso.

PARALISAÇÃO 1 – O secretário estadual de Infraestrutura, João Bosco, confirma a paralisação de um leque de obras da sua pasta, inclusive estradas que vinham em ritmo mais avançado, mas garante que a partir de janeiro serão retomadas. “Isso se dá em função do fechamento de contas de uma gestão, o que é normal”, garante.

PARALISAÇÃO 2 – Bosco ressalta, entretanto, que o Estado não tem histórico de obras inacabadas e que os recursos da sua grande maioria estão assegurados e não dependem da União, mas do tesouro estadual. “Todas as obras serão retomadas”, afirmou.

O TIME DE DILMA – A presidente Dilma já escalou o time que vai orientá-la para enfrentar a crise provocada pelo escândalo da Petrobras. Ele é integrado pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), na foto, e José Eduardo Cardozo (Justiça), e pelo governador Jaques Wagner (BA), futuro ministro. Os partidos aliados não têm representante no “dream team”.

CURTAS

EMENDAS 1 – O governador eleito Paulo Câmara (PSB) pediu empenho a bancada federal para conseguir recursos da União por meio de emendas parlamentares ao longo da sua gestão. Durante encontro em Brasília, apresentou sugestões para seis emendas parlamentares consideradas por ele como estratégicas.

EMENDAS 2– Entre as emendas prioritárias apresentadas à bancada estão a duplicação de rodovias, construção de hospitais e a implantação de uma barragem na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os projetos pleiteados chegam a R$ 1,6 bilhão.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: O que Lula e Dilma conversaram tanto para uma reunião durar 10 horas?

'A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é como podridão nos seus ossos'. (Provérbios 12-4)


Nenhum comentário: