Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo JC Imagem |
Pernambuco confirmou o segundo
caso de febre chikungunya, o primeiro de adoecimento local, mas ainda de
infecção fora do Estado.
É uma mulher de Petrolina (Sertão), moradora da área
rural, que adquiriu o vírus ao visitar parentes no município de Feira de
Santana, na Bahia, onde há um surto da nova doença. O primeiro comprovado foi
um residente do Recife, que se infectou fora do Brasil, na República
Dominicana, e apresentou sinais da enfermidade no Ceará.
Segundo a coordenadora do
programa estadual de combate à doença, Claudenice Pontes, a partir de agora
aumentam as chances de início da transmissão local. Duas pessoas que residem
próximo à moradora de Petrolina apresentaram sinais da doença e estão sendo
investigadas. Se confirmados esses dois novos casos suspeitos, estará
comprovado o começo da transmissão local.
Com os novos registros, passam a
ser 14 notificações de chicungunha em Pernambuco, duas confirmadas, dez
descartadas inclusive com segundo exame, além das duas ainda sob análise das
vigilâncias epidemiológicas de Petrolina e do Estado.
A segunda confirmação foi feita
pelo Laboratório de Saúde Pública do Estado (Lacen), na última sexta-feira. A
paciente, que passa bem, apresentou em agosto sinais de dengue, doença
confirmada por exame laboratorial. A suspeita de chicungunha, que tem sinais
iguais, só surgiu mais recentemente, quando a moradora procurou unidade de
Saúde da Família queixando-se de dores prolongadas nas articulações (é a
diferença clínica da dengue). É provável que ela tenha adoecido com dengue e
chicungunha ao mesmo tempo.
“As duas podem ser transmitidas
pelo mesmo mosquito”, esclarece Claudenice Pontes. Os Aedes aegypti e
albopictus podem se infectar com humanos e manter a cadeia de transmissão,
disseminando tanto dengue quanto chicungunha.
“Residentes em Petrolina não
devem entrar em pânico. Foi realizado bloqueio na área onde o caso confirmado
reside e a comunidade está sendo monitorada. O mais importante agora é a
população do Estado entender que o foco pode estar na casa de cada um de nós”,
lembra Claudenice Pontes. Ela apela para que todos reforcem a vigilância para
eliminação de criadouros. São fundamentais evitar jogar lixo no quintal e nas
ruas, como também manter tampados os reservatórios d’água.
Já era esperado que a febre
chicungunha chegasse primeiramente à Petrolina por causa da proximidade com o
Estado da Bahia. O município do Sertão de São Francisco enfrenta racionamento
d’água, favorecendo o uso de reservatórios domésticos, como caixas, tonéis e
baldes, que podem se tornar focos se não forem tampados.
Jornal do Commercio
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