DESAFIO DA COMPETITIVIDADE - Na primeira entrevista como ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador Armando Monteiro
Neto (PTB) centrou suas preocupações na promoção da competitividade na
economia. Disse que é o 'desafio central' para avançar em uma 'economia mundial
cada vez mais integrada' e avaliou que a indústria tem um papel decisivo no
crescimento do País.
'Temos que reduzir custos
sistêmicos e elevar a produtividade”, observou, adiantando que a agenda da
competitividade envolve várias áreas dentro do Governo e demanda intensa
articulação e coordenação. “É papel primordial do Ministério do Desenvolvimento
realizar essa tarefa. E colocar o tema da competitividade no centro da agenda
política do país', acrescentou.
Quanto à indústria, Armando disse
que 'crescer pela indústria é sempre o melhor caminho, com criação de emprego,
disseminação de conhecimento e geração de divisas”. A revalorização do papel da
industrial, segundo ele, está sendo reconhecido em todo mundo, com definição de
políticas industriais até mesmo em economias maduras.
Mesmo diante de adversidades e
turbulências, a economia, na opinião do novo ministro, foi capaz de manter
baixa a taxa de desemprego, garantindo crescimento da renda e do consumo no
Brasil. 'Mas nosso País ainda apresenta elevados custos, com sistema tributário
complexo que onera investimentos e exportações', afirmou, citando ainda
deficiências na capacitação de 'capital humano', de infraestrutura e 'excesso
de procedimentos burocráticos'.
Para Armando, a melhoria da
competitividade na economia brasileira está em consonância com os objetivos
gerais da política econômica anunciadas pelo ministro indicado da Fazenda,
Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.
'O reequilíbrio macroeconômico é
condição fundamental para fortalecimento da confiança e da retomada de um
crescimento mais vigoroso', disse, acrescentando que isso permitirá aumento dos
salários, fortalecimento das demandas doméstica e social.
INTERLOCUÇÃO – Falando no
programa Frente a Frente com exclusividade, o ministro indicado para a pasta de
Desenvolvimento Econômico afirmou que a eleição é página virada e que vai
procurar o governador eleito Paulo Câmara em nome dos interesses do Estado.
“Não terei nenhum problema na articulação com Câmara”, disse, admitindo em
seguida que pode escolher quadros do Estado para compor a sua equipe.
FORA DA DISPUTA – O senador eleito Fernando Bezerra Coelho nega que
o filho Pedro esteja sendo preparado para disputar a Prefeitura de Petrolina.
“Não passa do mais leviano boato. Pedro é pós-doutor em Química e construiu uma
sólida carreira como cientista nos Estados Unidos, onde mora com esposa e
filho”, disse, adiantando que apoiará um nome indicado pela Frente Popular.
INTERLOCUTOR POLÍTICO – Atual secretário da Casa Civil da
Prefeitura do Recife, o presidente estadual do PSB, Sileno Gudes, já está
arrumando as gavetas para se transferir e dá expediente a partir de janeiro no
Palácio do Campo das Princesas. Será o interlocutor político com a base do
Governo Paulo Câmara na Assembleia Legislativa.
MUDANÇAS ATINGEM LÍDER – Na entrevista que concedeu, ontem, ao
Frente a Frente, o prefeito Geraldo Júlio admitiu que fará mudanças na sua
equipe em decorrência da montagem do secretariado de Paulo Câmara. Ressaltou
também que o líder do Governo na Câmara de Vereadores, Gilberto Alves, pode ser
substituído.
NA EQUIPE– Empresário bem-sucedido, o deputado federal José Chaves
(PTB), que não disputou a reeleição, tem chances de ser aproveitado na equipe
de Armando Monteiro na pasta de Desenvolvimento Econômico. Confirmado ontem, o
senador trabalhista começa a se debruçar, hoje, no organograma do Ministério
para definir o papel de Chaves.
CURTAS
CARGOS – Dos deputados federais petistas não reeleitos, Fernando
Ferro e Pedro Eugênio não ficarão desamparados. O primeiro, que a presidente
Dilma chama de “Ferrinho”, deve ocupar uma diretoria na Chesf, enquanto Eugênio
pode voltar para o Banco do Nordeste.
VERGONHA – Em Camaragibe, na Região Metropolitana, no posto de
saúde da comunidade de Vera Cruz não falta apenas médico, coisa rara por ali. O
prefeito Jorge Alexandre (PSDB) deixa faltar até mercúrio. Os pacientes dão a
viagem perdida.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Paulo Câmara ainda vai reduzir o número de
secretarias?
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