Foto: Igo Bione/ JC Imagem |
“O aumento das horas sem fornecimento é um indicador de que o serviço está pior. E a tendência é piorar mais, porque no atual modelo do setor elétrico as empresas estão interessadas em reduzir os custos, entre eles o de manutenção”, diz o membro do Instituto Ilumina Nordeste, Antonio Feijó. No setor elétrico, uma manutenção bem feita pode evitar apagões.
O incremento da quantidade de horas sem o serviço vem aumentando desde 2012. No ano passado, os pernambucanos ficaram 22,04 horas, em média, sem energia, enquanto em 2012 foram 19,32 horas (também na média).
O serviço da Celpe é medido mensalmente pela Aneel, que indica a frequência de interrupção do serviço e a quantidade de horas que os consumidores ficaram sem energia. Ao comparar a performance da Celpe de 2014 com a de 2013, os meses campeões na quantidade de horas sem o serviço foram março, abril, maio e julho (ver quadro ao lado). A maior quantidade de interrupções do serviço se concentrou em fevereiro, abril e maio.
“Os indicadores de continuidade da Celpe têm uma sazonalidade atrelada às chuvas”, explica o gerente de Engenharia da Celpe, Carlos Eduardo Soares. Ele argumenta também que as chuvas provocam uma maior lentidão no trânsito e isso faz a falta de energia demorar mais, porque as equipes levam um tempo maior para chegar ao local da ocorrência e restabelecer o serviço.
Carlos Eduardo afirma que a Celpe realizou um investimento de R$ 440 milhões, iniciado em janeiro deste ano e a ser concluído este mês, para aumentar a automatização e implantar uma “rede protegida”. As ações vão permitir que sejam feitos, por exemplo, religamentos do serviço a distância. Já a rede protegida apresentará menos problemas quando ocorrerem chuvas e queda de árvores sobre a rede elétrica. O gerente da Celpe acredita que o número de horas sem energia este ano vai ficar no mesmo patamar de 2013, porque o apagão da última semana foi um “problema pontual”.
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