quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Blog do Magno Martins: Coluna da quarta-feira

 NÃO É BOATO, MAS FATO - Na primeira reunião ministerial do ano, a presidente Dilma pediu aos seus auxiliares forte disposição e boa resistência dialética para travarem a batalha da comunicação. “Reajam a boatos, levem a posição do Governo à opinião pública”, bradou, para acrescentar: “Não podemos permitir que a falsa versão se alastre”.

Dilma se referia, especificamente, ao noticiário de que o Governo vai acabar com conquistas históricas dos trabalhadores. Em relação a isso, afirmou: “Respondam em alto e bom som: não é verdade, os benefícios são intocáveis”. A presidente fez reclamações ainda à mobilidade urbana.

“Quando houver críticas sobre a mobilidade urbana, os ministros devem ser lembrados do investimento de R$ 143 bilhões em 118 municípios”, afirmou. Sobre outro tema atual, a crise hídrica associada à energética, disse que desde o seu início o Governo está apoiando “e estará apoiando de todas as formas as demandas dos governos estaduais”.

A questão do governo não é de comunicação, mas de perda de credibilidade. As medidas econômicas do pacote do ministro Levy (Fazenda) contrariam o discurso de Dilma na campanha, que garantiu que os juros não cresceriam, que não haveria aumento dos combustíveis e que seriam mantidas as regras para o financiamento da casa própria.

Dilma diz que é boato as mudanças no seguro-desemprego, mas foi o Governo que enviou ao Congresso uma MP tratando do assunto. A proposta está no Congresso e contem regras mais rígidas para reduzir o valor do pagamento de benefícios como pensão por morte, auxílio doença, seguro-desemprego, seguro defeso e abono salarial.

As mudanças foram anunciadas pelo Governo com o objetivo de fazer uma economia de R$ 18 bilhões por ano. É verdade que não devem atingir as pessoas que já recebem esses benefícios, mas devem ser aplicadas para os futuros beneficiários, tanto do setor público quanto do INSS. Não se trata, portanto, de falsa versão.

PRECEDENTE– Em uma viagem de Michel Temer a Santos em 2013, a FAB não autorizou que o vice-presidente fosse de jato e indicou um turboélice, que freia melhor no pouso. Não permitiu que pousasse na Base Aérea de Santos, onde Eduardo Campos sofreu um acidente, por não considerá-la segura. Temer pousou em Guarujá, e foi de carro até à cidade, segundo informa de Brasília o companheiro Ilimar Santos.

TAMANDUÁ SERTANEJO -  Embora tenham trocado um abraço de tamanduá, o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira, e o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), falaram português claro no primeiro encontro, ontem, para tratar de assuntos de interesse no município em que disputaram a Prefeitura em 2012 numa campanha extremamente radicalizada.

Enfim, as obras – O empresário Paulo Sergio, da Esse Engenharia, garantiu, ontem, que em 20 dias começam de fato as obras de pavimentação da restauração da PE-292, que liga o distrito de Albuquerquené a Afogados da Ingazeira. A retomada do projeto foi o primeiro ato assinado pelo governador Paulo Câmara, no último dia 3.

Sem números– Candidato do PSB à Presidência da Câmara dos Deputados, o deputado mineiro Júlio Delgado escondeu o jogo, ontem, ao apresentar um balanço da sua campanha. Em nenhum momento quis falar sobre números, ao contrário do petista Arlindo Chinaglia, que diz ter 180 votos, e Eduardo Cunha, que fala em mais de 230.


PE. EM PRIMEIRO LUGAR – O secretário de Desenvolvimento, Thiago Norões, saiu satisfeito da conversa com o ministro Armando Monteiro, anteontem, em Brasília. Embora tenha sido fechado, sem autorização para imagens, o encontro, segundo Norões, deve render ao Estado boas parcerias. “Pernambuco está acima das questões de natureza política”, diz.


CURTAS

HOSPITAL– O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), comemorou a aprovação de uma emenda de bancada, no valor de R$ 150 milhões, para construção de um hospital regional no município. Hoje, o atual hospital não tem UTI e casos mais graves são transferidos para Recife.

HABILITADOS– A Agência Nacional de Aviação Civil informou, por meio de nota, que o piloto Marcos Martins e o copiloto Geral Magela Barbosa, responsáveis pela aeronave que caiu e matou o ex-governador Eduardo Campos estavam aptos para pilotar o avião. A tripulação possuía licença e habilitação válidas no momento do acidente.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: Quando a presidente Dilma volta a conceder entrevista?

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