O voo de águia de Lula Cabral
A escolha do deputado Lula Cabral
(PSB) para a Primeira-Secretaria, antecipada com exclusividade ontem por este
blogueiro, foi uma costura que começou lá atrás, desde o momento em que o
ex-governador Eduardo Campos convenceu o aliado a não disputar um mandato de
deputado federal, mas estadual.
Bom gestor, tendo saído da
Prefeitura do Cabo com 84% de aprovação, eleito e reeleito pela expressiva
maioria do eleitorado, Lula Cabral foi um fiel aliado de Eduardo, tendo deixado
a presidência estadual do PSC para voltar ao PSB por convocação expressa do
ex-governador.
Ao final da sua gestão, Lula
elegeu o seu sucessor, Vado da Farmácia, numa eleição extremamente polarizada e
radicalizada, derrotando Betinho Gomes, filho do prefeito de Jaboatão, Elias
Gomes (PSDB). Não demorou muito para ser chamado, mais uma vez por Eduardo,
para colaborar com o seu governo.
Assumiu o comando da Junta
Comercial, órgão sem grande estrutura e, aparentemente, sem importância.
Seguindo, entretanto, o preceito básico do bom gesto, adotou diretrizes que
levaram à instituição a passar por uma ampla reformulação, ficando mais ágil e
eficiente.
Ao atender o desejo de Eduardo de
disputar um mandato estadual e não federal, para aumentar a bancada do PSB na
Assembleia, Lula mostrou que é um discípulo fiel, passaporte carimbado para a
nova missão de primeiro-secretário da Alepe, representando o desejo do partido,
que se uniu em torno da indicação do seu nome.
SEM CULPA– Depois da fala de
Dilma na reunião ministerial, a oposição constata que ela não fez nenhuma
autocrítica da política econômica de seu primeiro mandato. A presidente
destacou que as dificuldades que o Brasil atravessa decorrem de razões
externas: a redução da taxa de crescimento nos países desenvolvidos e a queda
dos preços das commodities, com destaque para o petróleo. Dá para engolir?
Choro no Palácio– Certo de que
apenas uma lista de supostos apoios garantiria seu passaporte para a
Primeira-Secretaria da Assembleia, o deputado Diogo Moraes (PSB) quebrou a
cara. Saiu do Palácio, ontem, aos prantos, ao ser informado pelo secretário da Casa
Civil, Antônio Figueira, que o partido não bancaria sua indicação, mas a de
Lula Cabral.
Mais empregos – O verão
brasileiro deverá criar 35,5 mil postos de trabalho em comparação com o mesmo
período do ano passado, 1,1% maior que em 2014 e o setor de turismo concentra a
maior parte dos empregos disponibilizados. Neste ano, o Nordeste deverá ocupar
a segunda posição no ranking das vagas de verão, com 15,8%.
Cofres vazios– O prefeito de
Canhotinho, Felipe Porto (DEM), está profundamente desapontado como a forma que
foi tratado pelo Governo Paulo Câmara ao tentar um patrocínio para animar a
festa de São Sebastião. Segundo ele, ninguém tem voz ativa. “Fiquei de mão em
mão e depois me disseram secamente que não há dinheiro”, afirmou.
Medidas corajosas– Temendo o
pior, em função do estado de tensão no Estado, o governador Paulo Câmara
resolveu, ontem, decretar estado de emergência no sistema presidiário do
Estado. Assinou decreto também intervindo no Centro Integrado de
Ressocialização de Itaquitinga, tentativa frustrada de uma PPP (Parceria
Público Privada). Com isso, o Estado pode reassumir o controle do projeto.
CURTAS
CASAS– O prefeito de Petrolina,
Júlio Lóssio (PMDB), deu o start, ontem, para construção de mais 992 unidades
habitacionais como parte do programa Minha Casa, Minha Vida, no residencial
Park São Gonçalo. Atenderão a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.
DUPLICIDADE– O PTB pode ter dois
representantes na mesa diretora da Assembleia Legislativa: Augusto Cesar, na
Primeira-vice e Romário Dias, na Terceira-secretaria. A duplicidade se dá pelo
fato de o PT ter aberto mão de cargos. Resta saber se os demais partidos irão
bancar.
Perguntar não ofende: Quantos
votos Edilson Silva terá na disputa pela Presidência da Assembleia?
Blog do Magno Martins
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