A Petrobras admite a
impossibilidade de avaliar de forma correta, completa e definitiva os valores
de imóveis, plataformas, refinarias, máquinas e benfeitorias em bens locados ou
arrendados (ativos imobilizados) que sofreram impacto em razão de desvios de
empresas fornecedoras, agentes políticos e funcionários públicos da própria
estatal. A Petrobras divulgou, na madrugada de hoje (28), as demonstrações
contábeis do terceiro trimestre de 2014, que mostram um lucro líquido de R$
3,084 bilhões.
Em nota de esclarecimento
divulgada durante a publicação das demonstrações contábeis relativas ao
terceiro trimestre do ano passado, a Petrobras informou que – devido a essa
“impraticabilidade” – a empresa está buscando “avaliar outras metodologias que
venham a atender às exigências dos reguladores de mercado – CVM [Comissão de
Valores Mobiliários] e SEC [órgão
regulador das bolsas de valores americanas], com objetivo de divulgar as
demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014”, revisadas pelos
auditores independentes.
A empresa admite que considerou a
adoção de abordagens alternativas para correção dos valores das demonstrações
contábeis. Segundo a nota, a empresa avaliou a possibilidade de uso de um
percentual médio de pagamentos indevidos, já citados em depoimentos, e também a
avaliação de um valor justo dos ativos cuja constituição se deu por meio de
contratos de fornecimento de bens e serviços firmados com as empresas citadas
na Operação Lava Jato.
No entendimento da Petrobras, no
entanto, essas opções se mostraram inapropriadas para substituir a
"impraticável" determinação do sobrepreço relacionado a esses
pagamentos indevidos.
Segundo a empresa, essa
divulgação das demonstrações contábeis revisadas pelos auditores independentes
do terceiro trimestre de 2014 tem o objetivo de atender a obrigações da companhia
de facultar o acesso a informações aos seus públicos de interesse, cumprindo o
dever de informar ao mercado e agindo com transparência com relação aos eventos
recentes que vieram a público no âmbito da Operação Lava Jato.
Agência Brasil
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