A
partir da próxima segunda-feira (2), a conta de luz vai ficar mais cara para
consumidores atendidos por 58 concessionárias. A revisão tarifária
extraordinária para essas empresas foi aprovada hoje (27) pela Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), e a previsão é de aumento médio de 23,4%.
Os
maiores reajustes serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina
(38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para
as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%).
A
distribuidora CEA, do Amapá, não pediu a revisão tarifária. Já as empresas
Amazonas Energia (AM), Boa Vista Energia e CERR (RR) não terão revisão
tarifária porque não participam do rateio da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE) e não estão no Sistema Interligado Nacional. A Ampla (RJ)
também não passou pela revisão, porque seu processo tarifário ocorre em 15 de
março, quando todos os efeitos serão considerados.
Os
impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para
as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio
será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste,
de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da
compra de energia proveniente de Itaipu.
Também
começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras
tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de
acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as
distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo
com a data de aniversário da concessão.
Segundo
a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da
CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu
- por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que
aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de
novas cotas de energia hidrelétrica. “No ano passado e neste ano, o custo da
energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está
favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto”,
explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A
revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das
distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio
econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações
significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de
tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas.
Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que
prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre
dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária,
por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de
termelétricas, que é mais cara.
Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:
| Celpe | 2,20% |
| Cosern | 2,80% |
| Cemar | 3,00% |
| Cepisa | 3,20% |
| Celpa | 3,60% |
| Energisa PB | 3,80% |
| Celtins | 4,50% |
| Ceal | 4,70% |
| Coelba | 5,40% |
| Energisa Borborema | 5,70% |
| Sulgipe | 7,50% |
| Energisa SE | 8,00% |
| CPFL Sta Cruz | 9,20% |
| Coelce | 10,30% |
| Mococa | 16,20% |
| Ceron | 16,90% |
| CPEE | 19,10% |
| João Cesa | 19,80% |
| Cooperaliança | 20,50% |
| Eletroacre | 21,00% |
| Santamaria | 21,00% |
| Chesp | 21,30% |
| CSPE | 21,30% |
| CEEE | 21,90% |
| Light | 22,50% |
| CJE | 22,80% |
| Ienergia | 23,90% |
| CEB | 24,10% |
| Elektro | 24,20% |
| Celesc | 24,80% |
| Bandeirante | 24,90% |
| ENF | 26,00% |
| Escelsa | 26,30% |
| Cemat | 26,80% |
| Energisa MG | 26,90% |
| Eflul | 27,00% |
| Eletrocar | 27,20% |
| Celg | 27,50% |
| DME-PC | 27,60% |
| Enersul | 27,90% |
| Cemig | 28,80% |
| CPFL Piratininga | 29,20% |
| EDEVP | 29,40% |
| CPFL Paulista | 31,80% |
| Hidropan | 31,80% |
| CFLO | 31,90% |
| Eletropaulo | 31,90% |
| Forcel | 32,20% |
| Caiua | 32,40% |
| Demei | 33,70% |
| Muxfeldt | 34,30% |
| Cocel | 34,60% |
| CNEE | 35,20% |
| RGE | 35,50% |
| Copel | 36,40% |
| Uhenpal | 36,80% |
| Bragantina | 38,50% |
| AES Sul | 39,50% |
Agência Brasil

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