Salvador, Aracaju, Goiânia e Brasília foram as capitais com maiores altas |
Os produtos da cesta básica ficaram mais caros em
janeiro, na grande maioria das capitais, segundo Pesquisa Nacional da Cesta
Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese). Houve elevação em 17 das 18 capitais pesquisadas e as principais
altas ocorreram em Salvador (11,71%); Aracaju (7,79%), Goiânia (7,48%) e
Brasília (7,26%).
A
exceção foi Manaus, onde o valor da cesta caiu 0,89%, passando para R$ 317,84.
Em 12 meses, a maior alta foi verificada em Aracaju, 23,65%. Apesar disso, a
capital sergipana apresenta o menor valor com R$ 264,84, seguida de Natal, com
R$ 277,56, alta de 3,29%; e João Pessoa, com R$ 278,73 e alta de 2,47%.
A
cesta mais cara foi encontrada em São Paulo, onde o consumidor paga R$ 371,22 ,
valor 4,81% acima do registrado em dezembro último e 14,76% maior do que em
janeiro do ano passado. Segundo a lista dos maiores valores, Porto Alegre
aparece em segundo lugar com R$ 361,11 ou 3,6% acima do mês anterior e 12,48% a mais que no mesmo mês de 2014.
Em
terceiro, está Florianópolis com R$ 360,64 e alta de 2,14% em relação ao
registrado em dezembro último. Em 12 meses, a capital de Santa Catarina
apresentou elevação de 11,76%.
Em
Goiânia, os preços subiram, na média, 18,22% em um ano, com cesta básica a R$
323,73. Em Brasília, o valor alcançou R$ 353,60, alta de 16,28% em 12 meses. No
Rio de Janeiro, o reajuste no mês foi 4,58%, com R$ 353,51, crescimento de
13,84% em 12 meses.
Em
Vitória, os consumidores pagavam em janeiro deste ano R$ 348,30, 4,55% a mais
do que em dezembro último e 6,47% acima do mesmo período em 2014. Em Belo
Horizonte, o valor saltou em um mês 6,81%, com R$ 337,57. Os preços na capital
mineira ficam 10,31% mais altos do que há um ano.
Em
Curitiba, o valor da cesta básica cresceu 6,33%, com R$ 335,82, representando
14,2% a mais do que em janeiro de 2014. Em Campo Grande, o custo aumentou 6,9%,
com R$ 329,58 ou 14,21%, correpondente
ao período de um ano. Em Belém, o valor da cesta foi corrigido em 1,02%,
passando para R$ 310,78 ou 4,86% de alta sobre janeiro do ano passado.
No
Recife, o valor atingiu R$ 290,43, altas de 1,41% no mês e de 3,45% em um ano.
Em Fortaleza, o custo ficou em R$ 288,99, com alta de 3,07% sobre dezembro
último e de 5,24% sobre o mesmo mês do ano passado.
Com
base na variação de preços apurada em São Paulo, que tem a cesta mais cara do
país, o Dieese calculou que o salário
mínimo ideal para suprir as necessidades básicas de uma família é R$ 3.118,62
ou 3,96 vezes maior do que o mínimo atualmente em vigor no país, R$ 788,00. Em
dezembro último o valor tinha sido de R$ 2,975,55 ou 4,11 vezes mais do que o
piso naquele período, que era R$ 724,00.
Os
itens que mais aumentaram em janeiro
foram carne bovina, feijão, pão francês, tomate e batata. Na outra ponta,
contribuíram para minimizar o impacto desses aumentos o leite e a farinha de
mandioca.
No
caso do feijão preto, pesquisado no Sul e em parte do Sudeste (Rio de Janeiro e
Vitória) e do Centro-Oeste (Brasília), os preços oscilaram entre 2,27% (Porto
alegre) e 7,59% (Vitória). Em Brasília, houve queda de 0,18%. O feijão
carioquinha foi cotado entre 8,27%, em Salvador e 46,21%, em Campo Grande.
Segundo o Dieese, essa cultura foi comprometida em algumas localidades por
excesso de chuva ou de estiagem e redução da área plantada, devido à baixa
cotação no mercado.
A
carne bovina ficou mais cara em 16 das 18 capitais, por causa da redução da
oferta. A batata chegou a custar até 74,9% a mais em Porto Alegre – em um ano, os
gaúchos passaram a pagar até 100,87%. O pão francês foi reajustado em 14
capitais, com destaque para Campo Grande, onde o valor aumentou 2,06% em 12
meses. A maior alta do pãozinho foi em Aracaju (24,02%). Esses custos refletem
tanto a cotação do trigo quanto o reajuste das tarifas públicas.
Quanto
ao tomate, nas 12 cidades onde o produto ficou mais caro, os destaque foram
Belo Horizonte (39,93%) e Salvador (30,32%). O leite ficou mais barato em 15
das 18 capitais pesquisadas, com quedas mais expressivas em Goiânia (8,57%) e
Belém (7,48%). Os preços da farinha de mandioca caíram em seis das oito
capitais do Norte e do Nordeste. A maior retração foi em Natal (10,27%).
Agencia Brasil
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