A presidente Dilma escolheu um homem de sua confiança para presidir a Petrobras
no lugar de Graça Foster, arrastada para a jaula dos leões pelo maior escândalo
da história na estatal: o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Ele
desapontou investidores que torciam por um nome do mercado para recuperar a
imagem da petroleira.
Bendine,
funcionário de carreira do BB, estava à frente do maior banco da América Latina
desde 2009. Sob sua chefia, a instituição federal liderou uma ofensiva do
governo petista no crédito para atenuar os efeitos da crise financeira global
na economia brasileira.
A
escolha de Bendine indica as dificuldades que Dilma teve para costurar a
sucessão na Petrobras de forma súbita, em 48 horas, com a renúncia repentina da
presidente Maria das Graças Foster e de outros cinco diretores da companhia, em
um movimento que surpreendeu o Palácio do Planalto.
Além
disso, por ser bastante alinhado às políticas do atual governo, a colocação de
Bendine na liderança da Petrobras frustra expectativas de investidores e
analistas de que o novo líder da petroleira viesse do mercado. O Bendine é uma
pessoa muito identificada com a primeira gestão do governo Dilma.
O
BB foi absolutamente comandado pelo governo na primeira gestão e a Petrobras
precisaria de alguém mais independente, que peitasse o governo em determinadas
situações e não fizesse loteamento de cargos. Nomes que vinham circulando na
mídia para a Petrobras, como o de Murilo Ferreira, presidente da Vale, e o de
José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, seriam opções melhores.
Pesa
por não ser alguém do setor, mas pesa mais por ser identificado com a primeira
gestão de Dilma. O novo comando da empresa terá entre seus desafios iniciais a
regularização da publicação das demonstrações financeiras da estatal. Isso em
meio à apuração de um escândalo de corrupção que exigirá que a companhia
realize baixas contábeis bilionárias de ativos sobrevalorizados.
NO INTERIOR– A pedido do próprio grupo
empresarial contatado, o Governo do Estado mantém sigilo sobre os novos
investimentos que virão para Pernambuco em função da sua passagem por São
Paulo, quinta-feira-passada. Os empresários estão de olho, segundo o blog
apurou, numa área estratégica do Interior e não especificamente em Suape.
FIDELIDADE CANINA– Reeleito para o quinto mandato no
comando da Assembleia, o deputado Guilherme Uchoa mostrou que é um aliado
correto de José Queiroz, ao defender, ontem, durante encontro com o presidente
nacional do PDT, Carlos Lupi, a volta do prefeito de Caruaru ao comando
estadual da legenda, do qual foi afastado na campanha eleitoral passada. Depois
de um longo encontro, consensualmente, o nome escolhido para presidir o partido
foi o do deputado Wolney Queiroz, filho do prefeito caruaruense.
REPERCUSSÃO NACIONAL – Nota do jornal O Globo sobre o
encontro de Paulo Câmara com Lula: “O Instituto Lula estampou no seu site foto
em que, sorridentes, apertavam as mãos o ex-presidente e o governador Paulo
Câmara (PE). Eles almoçaram e trataram do futuro político do País. Depois de
terem se enfrentado nas eleições, Câmara convidou Lula a visitar o Estado.
Socialistas avaliam que a reunião deu início à distensão entre o PSB e os
petistas”.
NA FILA– Desde que o governador Paulo
Câmara tomou posse, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), do bloco de
oposição, aguarda uma audiência solicitada em caráter de emergência. O
secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, diz que existe uma demanda muito
grande de prefeitos e que está, aos poucos, fazendo as acomodações de agenda.
LIMPANDO A PAUTA– Figueira garante que após o
Carnaval, o governador começa a limpar a pauta de audiências com os gestores
municipais, devendo receber, pela ordem, Júlio Lóssio (Petrolina), Elias Gomes
(Jaboatão), José Queiroz (Caruaru) e Madalena Brito (Arcoverde). “Os primeiros
dias de gestão foram muito corridos e não há discriminação em relação a
ninguém, mesmo de campos opostos”, disse o chefe da Casa Civil.
CURTAS
RECONDUZIDA– Filha do ex-governador João Lyra
Neto (PSB), a deputada Raquel Lyra (PSB) chegou a criar expectativas como uma
reserva do partido para presidente da Assembleia se o seu partido concorresse
com candidato próprio, mas teve que se contentar com sua recondução para o
comando da Comissão de Justiça.
ELOGIOS– Os prefeitos têm elogiado bastante
o secretário de Agricultura, Nilton Mota, não apenas pelo conhecimento que tem
demonstrado sobre o setor, mas, principalmente, pelo tratamento fácil que tem dispensado
nas demandas recebidas dos municípios.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Dilma acertou na escolha do
presidente do BB para comandar a Petrobras?
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