O
Congresso volta ao trabalho na segunda-feira com os bastidores fervilhando uma
palavra que publicamente poucos pronunciam: impeachment. Essa pulguinha atrás
da orelha de muitos congressistas importantes voltou a incomodar diante das
chamadas do programa do PMDB Em favor do Brasil que vai ao ar na quinta-feira,
com destaque para Michel Temer. Michel, entretanto, tem afastado de forma
veemente qualquer conspiração nesse sentido. Tanto é que, na reunião
ministerial fez uma defesa irretocável do mandato presidencial. O problema é
que o que Michel diz e repete, repelindo qualquer movimento em sentido
contrário, não é o que está nos bastidores dos partidos. Nem que seja para
incomodar o governo e ganhar algum espaço, alguns aliados vão levar essa
assombração ao Planalto.
Em
conversas reservadas, os políticos começam a dizer que, de tudo o que saiu até
agora sobre o escândalo da Petrobras, o que chega mais perto da presidente
Dilma Rousseff é a compra da Refinaria de Pasadena (EUA), aprovada quando ela
era presidente do conselho.
Se
houver ali algo que ainda não veio à tona e mine a credibilidade presidencial,
o segundo quesito é saber se a população terá a vontade de ver os congressistas
dedicados a levar o afastamento da presidente adiante. Se as ruas quiserem, os
políticos acreditam que não seja tão inverossímil logo ali na frente. É por aí
que muitos aliados tentarão assustar Dilma para conseguir algum lugar ao sol no
segundo escalão.
Blog do Magno Martins
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