domingo, 15 de março de 2015

Salvar seu animal de estimação pode custar mais de R$ 3 mil

Gastos são relativos a consulta, exames, internação e cirurgia na zona leste de SP 

Salvar o seu bichinho de estimação pode sair caro. O mais recente levantamento feito pelo Instituto Pet Brasil em pet shops de regiões de São Paulo mostra os custos com os seguintes serviços: consulta, vacinação, exame laboratorial, radiologia, castração, ultrassom, internação e cirurgia.

A pesquisa foi feita tendo como base os procedimentos para uma labradora de um ano e dois meses. O R7 tomou como referência os preços encontrados pela entidade na zona leste. Com isso, o dono de uma cachorra da mesma raça gastaria em média com consulta (R$ 100), exame laboratorial (R$ 42), radiologia (R$ 25), cirurgia (R$ 450) e diária de internação (R$ 750), cerca de R$ 1.367. Se o bichinho tiver que ficar 4 dias internados, esse valor já subiria para R$ 3.617.

Mas os custos não são caros apenas em São Paulo. A comerciante Maria Rosilene da Silva gastou mais para ajudar o seu poodle.

Cauê não é de sair de dentro de casa, mas bastou um descuido e o acidente aconteceu. Era setembro do ano passado, a porta do condomínio residencial no Recife (PE) estava aberta e o cachorro acabou saindo. Na rua, um carro acertou em cheio o poodle que quebrou as costelas. O gasto com internação, cirurgia e medicamento passou de R$ 4.000.

— Eu fiquei com a mão na cabeça. Eu não tinha condições financeiras de gastar com ele e minha irmã me ajudou muito. Se fosse para gastar mais, eu teria feito. Independente de qualquer coisa, eu faria isso com ele.

A situação pegou Rosilene totalmente desprevenida. Ela conta que até hoje está pagando os custos. A cirurgia saiu por R$ 2.500 e cada diária de internação, por R$ 180. Cauê ficou cerca de dez dias em uma clínica veterinária particular.

Os preços dos cuidados com saúde animal não são baixos mesmo. A diretora da rede Pet Care, Carla Berl, conta que no hospital veterinário, a diária da UTI para o animal de estimação sai por R$ 2.500. Já a diária de internação comum, com direito a soro, medicação, oxigênio nasal, medição de pressão e entre outros recursos custa R$ 768.

As unidades de saúde da rede estão espalhadas pelos bairros da capital paulista Morumbi, Pacaembu, Tatuapé e República do Líbano e realizam, em média, 6.000 atendimentos por mês nos quatro lugares. Ela justifica os valores pela modernidade dos equipamentos utilizados na clínica.

— O que a gente chama de internação aqui, os outros chamam de UTI. A UTI aqui é igual a uma UTI humana, com todos os equipamentos. A gente tenta fazer uma medicina acessível que de alguma maneira a pessoa consiga pagar. Então, às vezes fica caro, facilitamos em mais vezes, tem sempre um diálogo muito grande em cima disso.

Alguns serviços médicos saem mais em conta. É o caso da vacina antirrábica, que custa R$ 62. Já a castração de uma fêmea com 10 kg custa R$ 1.600, nas que tem mais de 40 kg, o valor sobe para R$ 2.200. Os procedimentos contam com anestesistas, cirurgiões e um trabalho para controle de dor.

— As pessoas têm problema para pagar, mas não é mais como antigamente. Os donos têm mais disposição para fazer porque o bichinho faz parte, ele vive na casa, divide a cama. Se eu comparar com 30 anos atrás, quando eu me formei, é um mundo totalmente diferente.

R7

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