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O
"panelaço" do domingo passado durante o pronunciamento da presidente
Dilma em cadeia nacional foi o soar das trombetas, o começo das dores, o
anúncio das mudanças que estão por vir.
Neste
domingo, em todo país, os descontentes sairão às ruas, vestidos de verde e
amarelo, munidos de patriotismo e também de indignação. Exigirão,
democraticamente, como permite a Constituição, a deposição de uma presidente
que mentiu para o país, traiu a confiança do povo e levou o Brasil à
bancarrota.
Os
descontentes sairão de casa porque, como dizia o Dr. Ulisses Guimarães, "a
única coisa que um político teme é o povo na rua".
Os
descontentes não são a elite branca ou a plebe negra. São gentes de todas as
cores e classes, cidadãos de toda parte, todos juntos e misturados, um povo só,
unido pelo bem do Brasil.
Os
descontentes não formam um partido nem representam uma única ideologia. São
apenas um povo cansado de ser enganado, traído, roubado, vilipendiado... uma
gente sofrida, gente de bem que não suporta mais a corrupção no Governo, a
institucionalização da roubalheira, a negação das falcatruas, a inépcia da
Justiça, a conivência dos Poderes, os poderosos inimputáveis, as penas
perdoadas, os larápios da nação!
Citada
onze vezes pelos delatores do Petrolão, apontada como conhecedora da corrupção
e acusada de omissão, Dilma Rousseff foi convenientemente protegida das
investigações, mas não será poupada do julgamento das ruas. Este será
implacável.
Blog da Raquel
Sherazade
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