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A
retidão e a determinação do juiz Sérgio Moro incomodam muita gente...Tanto que
a defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, e suspeito de corrupção e
lavagem de dinheiro, pediu a suspeição do juiz e seu afastamento dos processos
da Lava Jato.
Os
advogados de Pessoa alegam que Moro teria induzido duas testemunhas que
acabaram delatando todo esquema de corrupção na estatal.
Moro
rejeitou a suspeição, alegando que o pedido trata-se de irresignação da defesa
contra as decisões do juiz, decisões que, aliás, estão descortinando toda
roubalheira na Petrobras.
Suspeito
quem deveria se declarar é o ministro do Supremo, Dias Toffoli, que pediu
transferência para a segunda Vara da Corte para presidir as ações penais do
Petrolão.
Em
um site de abaixo-assinados, mais de 136 mil pessoas pedem o afastamento de
Toffoli, alegando que ele não teria isonomia suficiente para julgar petistas envolvidos
no escândalo.
Acontece
que, antes de ser ministro, Toffoli foi assessor jurídico do PT na Câmara,
advogou para o partido em três campanhas presidenciais de Lula, foi subchefe de
Assuntos Jurídicos da Casa Civil no Governo Lula, e também Advogado Geral da
União, a convite do grão-petista. Graças ao padrinho mágico, foi alçado ao STF.
Durante
o julgamento do Mensalão, o colega Marco Aurélio Mello sugeriu que Toffoli se
declarasse suspeito por ter prestado serviços ao PT. Mas, o ministro não o fez.
O Ministério Público poderia ter arguido a suspeição de Toffoli, mas fez vista
grossa, e o ex-advogado do PT julgou a cúpula do partido que outrora defendia.
De
acordo com a lei brasileira, a imparcialidade do magistrado é um dos
pré-requisitos do processo, e é dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito.
Se
o magistrado não se reconhece impedido cabe à outra parte arguir a suspeição.
Mas, no caso da Lava Jato, a outra parte é o Ministério Público Federa. Alguém
acredita que Rodrigo Janot vai tomar essa providência? Essa eu pago pra ver.
BLOG
DA RACHEL SHEHERAZADE
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