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“Não sei o que acontece para um presidente de um poder (Legislativo) querer tampar a minha boca”, atacou Aglailson. Foto: Foto: Roberto Soares/Alepe |
Três indicações do deputado estadual Aglailson Júnior (PSB),
que solicitavam ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), à Polícia Federal
(PF) e à Receita Federal a apuração de denúncias sobre irregularidades na Prefeitura
de Vitória de Santo Antão, geraram polêmica na reunião plenária desta
terça-feira (29), na Assembleia Legislativa. O embate foi direto entre o autor
das propostas e o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT). O socialista, que
havia protocolado as matérias em dezembro do ano passado, foi à tribuna acusar
o pedetista de conspirar contra ele junto aos demais parlamentares, na hora da
votação. Contados os votos, as indicações foram derrotadas por 15 a 11.
“As denúncias foram apuradas pelo Tribunal de Contas do
Estado (TCE). Eu pedi uma averiguação desses órgãos para apurar o que está
acontecendo, não entendo porque o presidente tomou esse posicionamento, ou que
amizade ele tem com o prefeito de Vitória (Elias Lira/PSD). Não sei o que
acontece para um presidente de um poder (Legislativo) querer tampar a minha
boca”, atacou Aglailson.
Segundo o socialista, o presidente da Alepe teria procurado
o líder do Governo, o deputado Waldemar Borges (PSB), com o objetivo de
derrotar as indicações. “Ele tentou me fazer retirar a matéria, mas eu neguei”,
acrescentou. Guilherme Uchoa, que preferiu não presidir a sessão, também foi à
tribuna para se defender e argumentou que a prerrogativa de fiscalizar o
município não é do Legislativo. “Essa é uma responsabilidade da Câmara
Municipal e do Ministério Público”, ressaltou. O pedetista insinuou ainda que
Aglailson teria interesses políticos por ser adversário de Elias Lira.
Waldemar Borges também usou a tribuna para afirmar que não
interferiu em nenhum momento na discussão sobre as indicações de Aglailson
Júnior, mas disse que o aconselhou a fazer a solicitação em seu próprio nome.
Borges, entretanto, decidiu abster-se de votar para eliminar qualquer dúvida
sobre sua interferência. Outros 15 parlamentares também decidiram sair do
plenário durante a votação.
Com informações da Folha de Pernambuco
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