quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A REVOLUÇÃO FEDERALISTA DE 1893-1895



PARTE 3- FINAL
OS PICA-PAUS
Eram chamados de PICA-PAUS durante a REVOLUÇÃO FEDERALISTA de 1893 no RIO GRANDE DO SUL- opositores dos MARAGATOS.

Julio de Castilhos


Os pica-paus estavam no poder com JÚLIO DE CASTILHOS e tinham forte vínculo com o governo federal. Por razões políticas eclodiu a REVOLUÇÃO FEDERALISTA EM 1893, em que a reação veio dos chamados MARAGATOS OU FEDERALISTAS, com visão descentralizadora.
O motivo da alcunha veio pelo chapéu usado pelos militares que apoiavam essa facção. Eles usavam listras brancas que, segundo os revolucionários, seriam semelhantes a um tipo de pica-pau do sul do Brasil. Esta denominação se estendeu a toda facção.
OS MARAGATOS
O termo maragato no Brasil foi usado pela primeira vez para se referir a uma das duas grandes correntes políticas gaúchas, formadas no final do século XIX e identificada, respectivamente, com o uso do lenço vermelho.

Gaspar da Silveira Martins

Surgiu no RIO GRANDE DO SUL em 1891, no esteio da REVOLUÇÃO FEDERALISTA. Os maragatos foram os que iniciaram a revolução, que tinha como justificativa a resistência ao excessivo controle exercido pelo governo central sobre os estados. O objetivo da revolução seria, portanto, garantir um sistema federativo, e a adoção da forma parlamentarista de governo. Defendiam o credo político pregado por GASPAR DA SILVEIRA MARTINS, adversário de JÚLIO DE CASTILHOS, do PARTIDO REPUBLICANO RIOGRANDENSE-PRR.
A origem do termo tem uma explicação complexa. No Uruguai eram chamados de maragatos os habitantes da cidade de SAN JOSÉ DE MAYO, DEPARTAMENTO DE SAN JOSÉ, talvez porque os seus primeiros habitantes fossem descendentes de maragatos espanhóis. “Na província de LEON, ESPANHA, existe uma comarca denominada MARAGATERIA, cujos habitantes têm o nome de maragatos, e que, segundo alguns, é um povo de costumes condenáveis; pois, vivendo a vagabundear de um ponto a outro, com cargueiros, vendendo e comprando roubos e por sua vez roubando principalmente animais; eram uma espécie de ciganos”. (Romaguera).
Os maragatos espanhóis eram eminentemente nômades, e adotavam profissões que lhes permitissem estar em constante deslocamento. Na época da revolução, os republicanos legalistas usavam esta apelação como pejorativa, atribuindo-lhes propósitos mercenários.

Gumercindo Saraiva

A realidade oferecia alguma base para essa assertiva o caudilho estrategista brasileiro GUMERCINDO SARAIVA, um dos líderes da revolução, havia entrado no RIO GRANDE DO SUL vindo do URUGUAI pela fronteira de Aceguá (URUGUAI), no DEPARTAMENTO DE CERRO LARGO, comandando uma tropa de 400 homens entre os quais estavam uruguaios.
A família de GUMERCINDO, embora de origem portuguesa, possuía campos em CERRO LARGO. No entanto, dar esse apelido aos revolucionários foi um tiro que saiu pela culatra. A denominação granjeou simpatia. Os próprios rebeldes passaram a se denominar “maragatos”, e chegaram a criar um jornal que levava esse nome, em 1896.

 OUTRA VISÃO DA REVOLUÇÃO FEDERALISTA
De 1893 a 1895, as terras do sul serviram de cenário aos violentos combates da REVOLUÇÃO FEDERALISTA, travados entre os partidários de dois oligarcas gaúchos: de um lado, os federalistas (maragatos), liderados por GASPAR SILVEIRA MARTINS; de outro, os republicanos (chimangos ou pica-paus), seguidores do positiva JÚLIO DE CASTILHOS.

Floriano Peixoto

Os federalistas defendiam a instalação de um regime parlamentarista nos moldes do que existiu no Segundo Reinado. Já os republicanos defendiam um presidencialismo forte, centralizador, no estilo do governo de FLORIANO PEIXOTO.

Prudente de Moraes

O confronto ultrapassou as fronteiras gaúchas, estendendo-se a SANTA CATARINA, AO PARANÁ E ATÉ AO URUGUAI. Embora Floriano tivesse tropas federais aos estados sulistas, somente em 1895, no governo de PRUDENTE DE MORAIS é que seria assinado um acordo de paz na região.
Termina aqui (09 de fevereiro de 2011, dia que há 118 anos começou esta revolução) a série que contou a história da Revolução Federalista, espero que tenham gostado. Reveja a primeira e a segunda parte postados nos dias 07 e 08 de fevereiro de 2011.
A próxima matéria será um resgate da história, é sobre uma heroína brasileira nordestina esquecida no tempo. Aguardem!






POR JOHNNY RETAMERO DE LEMOS






Um comentário:

Anônimo disse...

E IMPORTANTE SABER DA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS,E DA NOSSA REVOLUÇÃO FEDERALISTA ,COMO E ONDE COMEÇARAM
QUANDO TERMINARAM. E SOBRE TUDO SALIENTAR COMO FOI
IMPORTANTE NA VIDA DO NOSSO POVO!
SIM GOSTEI PROFESSOR ,PARABÉNS POR NÃO TER DESISTIDO DE SEUS OBJETIVOS ,SEJA SEMPRE ASSIM!

ALUNA INGRID GABRIELA 2ANO DO MAGISTÉRIO SALA 2
TURNO NOITE.