Do jconline (com imagens do dedalus-atlas.blogspot.com)
"Bota o retrato do velho,
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar”.
Todo o seu governo é documentado em sambas e marchinhas, e até a sua morte teve direito a um samba-enredo, o da Mangueira, em 1956, O grande presidente, de Pandeirinho.
Outro presidente que ganhou muitas marchinhas foi Jânio Quadros, seu jingle de campanha,
por sinal foi sucesso nacional:
“Varre, varre vassourinha
Varre, varre a bandalheira”.
As marchinhas (os frevos-canção bem menos) foram crônica
de sua época. Registram políticos corruptos:
“Quem não conhece
Quem não ouviu falar
Na famosa Caixinha do Ademar
Que deu livro, deu remédio, deu estrada
Caixinha abençoada
Já se comenta de norte a sul
Com Ademar tá tudo azul”.
Quem não ouviu falar
Na famosa Caixinha do Ademar
Que deu livro, deu remédio, deu estrada
Caixinha abençoada
Já se comenta de norte a sul
Com Ademar tá tudo azul”.
O Ademar,
naturalmente, é o de Barros,
governador de São Paulo, candidato a Presidência, do infame slogan: “Rouba mais faz”.
Marchinhas também registravam fatos políticos que poderiam
ser a má administração pública, a exemplo da marchinha Vagalume (Victor Simon e Fernando Martins), dos versos
que acabaram de domínio público:
“Rio de janeiro, cidade que nos seduz
De dia falta água, de noite falta luz”.
Poderiam ser também fenômenos eleitorais, casos do rinoceronte Cacareco fartamente votado
pelo paulistano, em 1960, ou o Bode Cheiroso, muito popular no Jaboatão Velho, que virou voto de
protesto do jaboatonense, e que recebeu composição de Elias Lourenço, gravado
por Luis Wanderley.
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