Da Agência O Globo
imagem: defesanet.com.br |
LOS
ANGELES, Estados Unidos - Um relatório divulgado na última quinta-feira mostrou
que o suicídio entre militares americanos aumentou em 80% entre 2004 e 2008,
uma das maiores taxas registradas no último séculos nos Estados Unidos. Os
pesquisadores estimam que entre 25% e 50% dos suicídios estejam diretamente
relacionados aos combates no Iraque e no Afeganistão.
Entre
2007 e 2008, 255 soldados se mataram. A metade deles tinham se consultado com
algum profissional para tratar de desordens e 17% deles já tinham sido
hospitalizados por problemas de saúde mental. Entre 1977 e 2003, as taxas de
suicídio entre militares americanos estavam diminuindo.
O
estudo publicado na revista "Injury Prevention" relaciona o aumento
de suicídios com o crescimento dos transtornos psicológicos entre militares,
que cada vez mais apresentam desordens de comportamento, ansiedade e
dependência química. Além disso, entre 2000 e 2008, o número de soldados que
procuraram ajuda em centros de saúde mental quase dobrou.
Apesar
de no ano passado o número de suicídios ter caído, os EUA registraram um
aumento significativo de violência doméstica e crimes sexuais, segundo dados do
Pentágono. Em 2010, as internações por "temperamento suicida"
chegaram a 3.500, cinco anos antes casos do tipo eram quase inexistentes.
"É
um problema de saúde pública", diz o artigo, que também mostra que 20% dos
militares ativos nos EUA já se consultaram com especialistas em saúde mental.
Os suicídios, dizem os autores, são a "ponta do iceberg".
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