Da Agência Brasil
imagem: noticias.universia.com.br |
O governo brasileiro quer aumentar a cooperação científica com os
Estados Unidos e fazer com que um quinto dos cientistas inscritos como
bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras faça intercâmbio em universidades
e empresas norte-americanas.
A intenção do governo é mandar 100 mil profissionais e pesquisadores em
quatro anos para diversos países: 20 mil só para os Estados Unidos. O governo
promete custear 75 mil bolsas e espera que a iniciativa privada viabilize
outras 25 mil. O programa inclui desde bolsas sanduíche de graduação até
pós-doutorados em 18 áreas de tecnologia, engenharia, biomedicina e biodiversidade.
“Os Estados Unidos serão o principal destino dos cientistas brasileiros.
Até 2014, 20 mil terão feito intercâmbio lá”, disse à Agência Brasil o ministro
da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp. Ele é um dos ministros
que acompanham a presidenta Dilma Rousseff em viagem oficial aos Estados
Unidos.
Raupp estará com Dilma na visita à Universidade de Harvard e ao
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “Queremos estimular um novo
acordo entre o MIT e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José
dos Campos no interior de São Paulo”, informou o ministro confirmando a
intenção do governo em dobrar a capacidade de formação do instituto brasileiro
com a presença de mais norte-americanos.
O ITA, juntamente com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), é o principal centro de formação para engenheiros e cientistas que
trabalham no programa espacial brasileiro. A cooperação com os Estados Unidos é
considerada estratégica pelo governo brasileiro que já assinou convênios de
cooperação com a Nasa (a agência espacial americana). “Esperamos que esses
contatos abram mais espaço”, destacou Raupp.
A ida de Raupp aos Estados Unidos deverá fechar um plano de trabalho
tratado no mês passado em Brasília entre a chancelaria brasileira, o Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o diretor do Escritório da Casa
Branca de Políticas para Ciência e Tecnologia, John P. Holdren.
Acompanham Raupp, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, e o presidente da Financiadora
de Projetos (Finep), Glauco Arbix. Oliva deverá assinar acordos de intercâmbio
científico entre o CNPq e dez universidades norte-americanas. Arbix participará
do painel Pesquisa, Inovação e Mercado de Trabalho, no seminário Brasil-EUA:
Parcerias para o Século 21, na Câmara de Comércio Americana, em Washington.
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