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Antes de
mais nada, é bom esclarecer que a “tensão” pré-menstrual (TPM) passou a
chamar-se “síndrome” pré-menstrual (SPM) para fazer jus à gravidade do quadro,
que se caracteriza por inúmeros sintomas e não apenas por uma “tensão” no
período pré-menstrual.
Alguns dias
antes da menstruação, a grande maioria das mulheres acorda mal-humorada, tem
dor de cabeça, ansiedade, não consegue produzir como de costume nem conviver
bem socialmente e, ainda, ataca geladeira e armários atrás de doces, pão,
macarrão, bolachas e outros carboidratos. E ela também sente dor nas mamas,
depressão, angústia, cólicas e, o que é pior, fica com o corpo inchado,
sentindo-se gorda! Isso tudo faz com que ela fique agressiva, instável e
carente.
Essa síndrome atinge um número enorme de mulheres. Cerca de 75% delas
costumam ter sintomas leves a moderados; mas, em cerca de 10%, podem ocorrer
sintomas mais intensos, levando até mesmo à hospitalização. Tudo começa cerca
de duas semanas antes da menstruação e, em geral, acaba com o início dela. Mas
há casos em que os sintomas se mantêm por alguns dias durante o período
menstrual.
É no
período pré-menstrual que os níveis dos hormônios femininos caem. Sem
sustentação hormonal, tanto o endométrio se descama e é eliminado na forma de
sangramento (menstruação) quanto a sucessão de sintomas desagradáveis é
desencadeada. Durante muito tempo pensou-se que a progesterona fosse a
responsável pela síndrome pré-menstrual, mas isso não faz sentido. Se a
progesterona desencadeasse a SPM, imagine como seria a vida das mulheres
grávidas, cujos níveis de progesterona no organismo chegam a ficar dez a vinte
vezes mais altos do que durante o ciclo menstrual! Mas, como se sabe, sintomas
da SPM não ocorrem durante a gestação. Assim, é mais provável que a síndrome
pré-menstrual seja desencadeada por uma deficiência de progesterona acompanhada
de uma predominância estrogênica (excesso de estrogênio no organismo).
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Da mesma
forma que a SPM, a predominância estrogênica também provoca retenção de
líquidos, seios inchados, dores de cabeça, alterações no humor, perda da libido
e padrões insatisfatórios de sono. Como cada mulher responde de forma
individualizada às variações hormonais, fica difícil identificar o que
desencadeia a sindrome em cada uma delas e, igualmente, torna-se difícil
estabelecer o que a ajudará a controlar os sintomas.
Algumas se dão bem com
determinado medicamento enquanto outras não o toleram. Na busca de um
tratamento que pudesse aliviar os sintomas da SPM em todas as mulheres, médicos
e pesquisadores descobriram a utilidade da progesterona bioidêntica. Usada com
critério, a progesterona bioidêntica pode ajudar em muito e, até mesmo,
resolver o problema em determinados casos, pois ela neutraliza os efeitos dos
estrógenos ambientais (xenoestrógenos) e dos ciclos anovulatórios (sem
ovulação), que são grandes responsáveis pela carência de progesterona no
organismo.
Preventivamente,
é aconselhável reduzir o consumo de bebidas gasosas e que contenham álcool ou
cafeína, como refrigerantes, café, chá preto, substituindo-as por sucos, chá de
erva-cidreira e água. Deve-se, também, aumentar o consumo de água pura (o ideal
é tomar dois litros de água por dia), mas não durante as refeições, e o consumo
de alimentos frescos, de preferência orgânicos, evitando-se alimentos
refinados, processados, que contenham conservantes, e os embutidos, como
salsicha, lingüiça, salame, presunto, etc. Contudo, para uma ação mais efetiva,
o uso de progesterona bioidêntica deve ser associado a esses cuidados, mas com
orientação médica, é claro!
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