A audiência de conciliação do
dissídio coletivo da greve entre a Empresa Brasileira de Telégrafos e Correios
(ETC) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios,
Telégrafos e Similiares (Fentect), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), ontem
terça-feira (25), terminou sem acordo. Desta forma, o julgamento do dissídio,
protocolado pelos Correios, no último dia 13, deverá ocorrer amanha, quinta-feira
(27).
Na reunião, a ministra do
TST, Maria Cristina Peduzzi, apresentou a contra-proposta de reajuste salarial
de 8,5%, que foi rejeitada pela ETC. Assim como a de 6,87% mais um vale de R$
575 em dezembro. A
empresa justificou, em nota, as recusas. “As propostas apresentadas pelo
tribunal ultrapassam a capacidade financeira da empresa, causando impactos
sempre superiores ao lucro operacional registrado no primeiro semestre de 2012” , afirmou.
No último dia 19, a ministra já havia
oferecido proposta de reajuste salarial de 5,2%, reajuste nos vales alimentação
e refeição de 8,84%, correspondente ao IPCA do período, aumento dos demais
benefícios - reembolso creche/babá e auxílio para dependentes de cuidados
especiais - de 5,2%, aumento linear de R$ 80 e a manutenção das demais
cláusulas sociais atualmente em vigor, além da compensação dos dias de
paralisação. Contudo, a proposta foi rejeitada pelos Correios, que afirmou que
o impacto linear representaria R$ 40,5 milhões por ano.
A categoria reivindica
reajuste salarial de 43,7% (33,7% por causa de perdas salariais do Plano Real
até o momento e 10% em relação a inflação e o ganho real), além de vale
refeição de R$ 35 por folha de pagamento. Entretanto, a ETC oferece reajuste de
5,2% nos salários e benefícios.
Segundo a ETC, nesta terça,
90,3% dos 120 mil empregados trabalharam normalmente — 11.724 aderiram à
paralisação. A aferição de presença é feita por meio de sistema eletrônico de
ponto. Os Correios entregaram 86,3% de toda carga recebida até segunda-feira, o
que equivale a 122,6 milhões de cartas e encomendas.
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