quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Greve: Correios e sindicato não entram em acordo


Da Folha PE

A audiência de conciliação do dissídio coletivo da greve entre a Empresa Brasileira de Telégrafos e Correios (ETC) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similiares (Fentect), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), ontem terça-feira (25), terminou sem acordo. Desta forma, o julgamento do dissídio, protocolado pelos Correios, no último dia 13, deverá ocorrer amanha, quinta-feira (27).

Na reunião, a ministra do TST, Maria Cristina Peduzzi, apresentou a contra-proposta de reajuste salarial de 8,5%, que foi rejeitada pela ETC. Assim como a de 6,87% mais um vale de R$ 575 em dezembro. A empresa justificou, em nota, as recusas. “As propostas apresentadas pelo tribunal ultrapassam a capacidade financeira da empresa, causando impactos sempre superiores ao lucro operacional registrado no primeiro semestre de 2012”, afirmou.

No último dia 19, a ministra já havia oferecido proposta de reajuste salarial de 5,2%, reajuste nos vales alimentação e refeição de 8,84%, correspondente ao IPCA do período, aumento dos demais benefícios - reembolso creche/babá e auxílio para dependentes de cuidados especiais - de 5,2%, aumento linear de R$ 80 e a manutenção das demais cláusulas sociais atualmente em vigor, além da compensação dos dias de paralisação. Contudo, a proposta foi rejeitada pelos Correios, que afirmou que o impacto linear representaria R$ 40,5 milhões por ano.


A categoria reivindica reajuste salarial de 43,7% (33,7% por causa de perdas salariais do Plano Real até o momento e 10% em relação a inflação e o ganho real), além de vale refeição de R$ 35 por folha de pagamento. Entretanto, a ETC oferece reajuste de 5,2% nos salários e benefícios.

Segundo a ETC, nesta terça, 90,3% dos 120 mil empregados trabalharam normalmente — 11.724 aderiram à paralisação. A aferição de presença é feita por meio de sistema eletrônico de ponto. Os Correios entregaram 86,3% de toda carga recebida até segunda-feira, o que equivale a 122,6 milhões de cartas e encomendas.

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