segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Provável derrubada do veto deve judicializar projeto


Do Blog da Folha PE

A disposição demonstrada pelos congressistas em derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) ao projeto sobre a distribuição dos royalties, aprovado na Câmara e no Senado, deverá judicializar uma questão que nasceu no campo político. O parecer da petista levou em consideração o relatório técnico da Advocacia Geral da União (AGU), no qual os contratos existentes não poderiam ser alterados. Contudo, há uma corrente de parlamentares que defende uma reinterpretação desse caso, apoiados no pensamento de que os atuais acordos poderiam sofrer alterações devido à possibilidade de modificações na extração de determinados lotes.

Algumas das camadas restritas aos contratos atuais podem ter sua produção ampliada, aumentando assim a arrecadação com os royalties provenientes de sua extração. Ou seja, os acordos vigentes não contemplariam esse tipo de modificação e mesmo assim não haveria uma nova divisão dos lucros desses lotes. Os Estados e municípios produtores teriam as receitas reforçadas com os mesmos grupos de extração.

Todavia, esse pensamento esbarra na defesa feita principalmente pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que tem dramatizado demais nessa discussão. O peemedebista já deu mostras de que, se houver modificação no texto do projeto dos royalties, o caso será levado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O gestor está certo de que a sua tese encontra o respaldo jurídico necessário para ser balizado na Justiça.

TERRAS FEDERAIS

Há ainda o grupo de parlamentares que defendem a tese de que pelo fato de a extração de petróleo ocorrer normalmente em plataformas dispostas a, no mínimo, 200 milhas da costa dos ditos municípios produtores o território em questão seria nacional e não de apenas um ente da federação. É mais um ponto polêmico presente nesse debate.

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