Do
JC Online
A
igreja do Colégio Damas, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife, ficou
lotada na tarde desta segunda-feira (14) para a missa de corpo presente da irmã
Adélia. A freira foi uma das três crianças que teriam visto Nossa Senhora, no
distrito de Cimbres, na cidade de Pesqueira, Agreste do Estado. A missa foi
presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Irmã Adélia
estava internada havia 18 dias no Hospital Português para tratar de problemas
respiratórios. Mas, no domingo à noite, não resistiu e morreu, aos 91 anos, de
falência múltipla dos órgãos. O corpo da freira foi enterrado no final da tarde
de ontem, no Cemitério de Santo Amaro.
Maria
da Luz Teixeira de Carvalho, nome de batismo da freira, ingressou no Instituto
das Religiosas da Instrução Cristã, no colégio Damas em 1940 e, seis anos mais
tarde, tornou-se freira. Trabalhou em congregações de Nazaré da Mata, Vitória de Santo Antão, Itamaracá e no
Recife. Na capital pernambucana, atuou na evangelização de comunidades
carentes. No ano de 1999, a religiosa publicou um livro, onde narrou a história
da aparição de Nossa Senhora, em Cimbres.
Várias
pessoas que acompanharam a trajetória da freira estiveram na celebração. Muitos
atribuem à Irmã Adélia a recuperação de saúde, principalmente de crianças. A
comerciante Anita Trindade, 50 anos, foi despedir-se da freira. Ela afirma que
seu marido, que atualmente tem 50 anos, foi curado após receber uma visita da
freira. “Ele estava desacreditado pelos médicos, com uma pancreatite. Irmã Adélia
foi até o hospital e lhe levou um chá preparado com uma pedra de um rio de
Cimbres, próximo ao local da aparição. Em dois meses, ele estava completamente
curado”, disse.
“Depois
de seu falecimento, tomamos conhecimento de muitas coisas que Deus fez através
dela”, disse o arcebispo Dom Fernando Saburido. Segundo o religioso, o processo
de beatificação só pode ser iniciado após cinco anos do falecimento. “Não
estamos pensando nisso ainda, é muito cedo. É uma coisa que futuramente poderá
ser pensada”, completou.
A
cantora Elba Ramalho veio do Rio de Janeiro, onde mora, especialmente para se
despedir da irmã Adélia. “Sou uma estudiosa das aparições de Nossa Senhora, e
quando soube do caso de Cimbres, procurei irmã Adélia. Começamos uma amizade
que durou mais de dez anos. Ela me ajudou em muitos momentos, principalmente
quando descobri um câncer de mama”, afirmou a cantora.
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