Cinco pessoas foram indiciadas
por envolvimento com a morte do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo
Pereira, 35 anos, assassinado a tiros no último dia 12 de maio. O médico
Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, foi apontado pela polícia como o mandante do
crime. O filho, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, o
auxiliar de expedição Flávio Braz de Souza e Lyferson Barbosa da Silva, 32,
foram acusados de execução. O último envolvido, o comerciante Jailson Duarte
Cesar, 29, teria intermediado o contato entre Cláudio Júnior, Lyferson e
Flávio, mas não participou da execução. Este último foi o responsável por
atirar na vítima.
Os acusados vão responder pelos
crimes de sequestro, homicídio, roubo, associação criminosa, estelionato e
comunicação falsa de crime. Segundo o delegado responsável pelas investigações,
Guilherme Caraciolo, o mandante do crime pagou uma quantia entre R$ 50 mil e R$
100 mil para executar Artur Eugênio.
O médico Cláudio Amaro e o filho
foram presos no dia 3 de junho. Lyferson também está preso, mas por
envolvimento com o assalto a um carro-forte que resultou na morte de uma idosa,
em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Jailson e Flávio estão em liberdade.
No inquérito concluído na última
sexta-feira e apresentado em coletiva à imprensa na manhã desta terça, foram
apontadas como motivação para o crime desavenças profissionais. Artur já tinha
recebido notas baixas de Cláudio Amaro Gomes e rompido sociedade com ele. A
vítima já teria recebido ameaças profissionais e comentado com colegas de
trabalho.
As investigações da polícia
apontam que os criminosos seguiram a vítima na saída do Hospital de Câncer de
Pernambuco (HCP), em Santo Amaro, na região central, para onde o médico havia
ido a fim de visitar um paciente. Imagens do hospital, recebidas pela polícia
no dia seguinte ao crime, mostram Cláudio Júnior e outra pessoa dentro do carro
à espera do médico. Outro suspeito entrou no carro momentos depois. Como o
veículo falhou, eles não conseguiram abordar Artur. A ação foi abortada também
após a saída do médico do Hospital Português, minutos mais tarde. Cláudio
Júnior, Lyferson e Flávio só conseguiram abordar a vítima na frente do prédio
onde morava, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
Na noite do dia 12, Lyferson e
Flávio entraram no carro da vítima, enquanto Cláudio Junior seguiu em outro
carro, um Celta, até o local do crime. De acordo com a polícia, Cláudio não
participou da execução. O corpo de Artur foi encontrado sem identificação, na
BR-101, em Comporta, Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. O carro dele foi
achado totalmente queimado, na manhã seguinte, em um terreno na Guabiraba, Zona
Norte do Recife.
Do JC Online
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