(Foto: AFP/Manjunath Kiran) |
A rede social foi denunciada por
um grupo de defensores da privacidade para a Comissão Federal de Comércio
americana.
Uma polêmica experiência do
Facebook sobre as emoções dos usuários motivou, nessa quinta, a denúncia formal
de um grupo de defensores da privacidade diante do regulador americano do
setor.
Na ação apresentada perante a
Comissão Federal de Comércio americana, o Centro de Privacidade e Informação
Eletrônica argumenta que a rede social violou suas próprias normas de conduta
perante os usuários. “A empresa manipulou deliberadamente as emoções das
pessoas”, destacou a denúncia.
De 11 a 18 de janeiro de 2012, o
Facebook manipulou as informações de 700.000 usuários anglófonos para um estudo
científico sobre o “contágio emocional” dos grupos. Cientistas das universidades
de Cornell e da Califórnia averiguaram se o número de mensagens positivas ou
negativas lidas pelos membros do Facebook tinha influência sobre o que
publicavam.
O resultado da pesquisa,
publicado em 17 de junho na revista da Academia Nacional de Ciências dos
Estados Unidos (PNAS), mostrou que os usuários usam mais palavras negativas ou
positivas, de acordo com o alcance dos conteúdos a que são expostos.
Para os defensores da privacidade
americanos, a experiência “não seguiu os protocolos éticos científicos
aplicados aos seres humanos”. Os demandantes pedem uma investigação para
determinar se o Facebook agiu de forma similar em outras oportunidades.
As autoridades britânicas
anunciaram na quarta que interrogarão altos funcionários do Facebook. O
gabinete do comissariado de informação, o organismo britânico independente de
supervisão, disse que estava investigando o caso.
“Estamos a par deste assunto e
falaremos com o Facebook, além de coordenarmos com a autoridade de proteção de
dados irlandesa, para saber mais sobre suas circunstâncias”, disse um porta-voz
à AFP.
A sede europeia do Facebook fica
em Dublin. O Facebook informou estar disposta a responder e colaborar. “Está
claro que o estudo incomodou as pessoas e assumimos a responsabilidade”, disse
um porta-voz do Facebook em mensagem enviada à AFP.
[Por Mundobite/Da AFP]
[Por Mundobite/Da AFP]
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