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No ano passado, 31,8% das mortes
envolvendo contato com fios da rede elétrica aconteceram na construção civil.
Um levantamento feito pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia
Elétrica (Abradee) mostrou que mais 12,9% dos acidentes fatais foram causados
por ligações elétricas clandestinas, 5% por podas de árvores de maneira
indevida, 4% foram resultado de instalações de antenas de televisão perto dos fios
e outros 4% por brincadeiras com pipas. No total, 317 pessoas morreram em 2013.
Destas, pelo menos 107 morreram
em Pernambuco nos últimos cinco anos, de acordo com levantamento divulgado em
abril deste ano pela Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe).
De acordo com o presidente da
Abradee, Nelson Leite, os acidentes na construção civil acontecem
principalmente em obras informais. No caso dos acidentes com ligações
clandestinas, são registrados em grande parte nas periferias e em locais onde
não há rede elétrica regularizada. “As pessoas que vão construir puxadinhos nos
finais de semana, sem o devido cuidado, acabam encostando em um vergalhão na
rede elétrica e sofrendo um acidente”.
A Abradee abriu nessa
segunda-feira (11) a 9ª Semana Nacional da Segurança da População com Energia
Elétrica, promovida anualmente pela associação. Neste ano, o objetivo é
alcançar 120 milhões de pessoas, com peças publicitárias, palestas em escolas e
canteiros de obras e divulgação de informações nas contas de luz. Para Leite, a
falta de informação e conscientização sobre os riscos são as principais causas
dos acidentes.
O presidente da Abradee disse que
os empréstimos liberados até agora para as empresas serão suficientes para
cobrir despesas com geração de energia por usinas termelétricas e com a compra
de energia no mercado para garantir o suprimento até o fim do ano. Na semana
passada, o governo anunciou um novo empréstimo para as distribuidoras de
energia, de R$ 6,6 bilhões, além dos R$ 11,2 bilhões que já haviam sido
liberados.
Segundo Leite, na próxima
quarta-feira (13) devem ser liberados os recursos para as distribuidoras
relativos aos meses de maio e junho. Os recursos de maio somam R$ 1,8 bilhão e
o ressarcimento de junho será R$ 327 milhões. Os empréstimos são necessários
para cobrir o custo das empresas com a escassez de chuva no Centro-Sul do país
neste ano. A queda do nível dos reservatórios fez as empresas pagarem mais pelo
uso das usinas termelétricas e pela compra de energia no mercado de curto
prazo, cujo custo disparou com a falta de chuvas.
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