A safra de legumes e verduras do
Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) e de supermercados
do Recife está mais barata este ano do que no mesmo período do ano passado.
Neste
começo de mês, os consumidores devem encontrar as hortaliças com até 25% de
diferença do preço que eram vistos no ano passado. A batata doce, por exemplo,
passou de R$ 2,60 para R$ 1,20. As carnes e frutas, no entanto, tiveram um
aumento de 20%.
Entre as hortaliças, o tomate
está ligeiramente mais caro, mas ainda assim com valores abaixo dos
considerados históricos. “A parte de hortaliça, de folhagem, como o coentro,
cebolinha, chuchu, pimentão, tudo está mais barato. Frutas, como a maçã, também
estão mais baratas. Apenas o tomate e o cará tiveram uma variação pequena, de
5%, de um ano para o outro. Mas no geral, hortaliças, verduras e frutas estão
com queda de preço de 25%, por conta das chuvas, já que tem chovido bem no
Nordeste”, afirma o presidente da Associação Pernambucana de Supermercados
(Apes), Edivaldo dos Santos. Segundo ele, o tomate sai por R$ 2,90 e o cará por
R$ 4,90.
Para o chefe de informação do
Ceasa, Marcos Barros, a seca foi o principal motivo das frutas estarem com o
preço elevado na região. “As frutas, que têm um ciclo [de safra] mais longo,
demoram a se recuperar. O coco e o maracujá estão com os preços acima do valor,
cerca de 20% mais caro”, explica. A carne bovina também teve alta de 20% no
preço. “Isso é provocado pela entressafra bovina, que se estende de maio a
novembro, além das exportações que subiram e o mercado interno que tem crescido
muito, com o aumento da renda do pessoal”, aponta.
A maior parte da carne que é
vendida nos supermercados vem de frigoríficos de São Paulo, Goiás e Pará. Com a
seca, o preço para o consumidor final subiu 10%, como justifica Edivaldo
Santos. “A chã de dentro varia de R$ 17 a R$ 18, enquanto no ano passado ficava
em torno de R$ 16. A parte dianteira, que é a paleta, tá por R$ 12 e no ano
passado tava por R$ 10,50 ou R$ 10,90”, analisa. O quilo do frango teve um
aumento menor: passou de R$ 4,20 para R$ 4,80, por causa do valor da ração,
como a soja e milho, que também teve o preço elevado.
O preço da carne suína está mais
estável: a bisteca, por exemplo, permanece por R$ 7,99, como no ano passado. A
mesma situação acontece com os pescados. O quilo da corvina está entre R$ 8,90
e R$ 9,90, enquanto a castanha sai por R$ 7,90. “Se o consumidor alternar entre
carnes e peixes, dá para ter variedade e ainda economizar”, comenta Santos.
Do G1 PE
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