quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Santa Cruz perde na Copa do Brasil e foca reação no clássico

Equipe do técnico Sérgio Guedes cometeu falhas defensivas.
Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem
Se o Santa Cruz pensava em usar a partida contra o Santa Rita, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, como ‘teste’ para o clássico contra o Náutico, no próximo sábado, no Arruda, pela Série B, terá que rever muitos conceitos, principalmente no que diz respeito ao sistema defensivo, que cometeu muitas falhas no gramado do Rei Pelé, em Maceió. 

Os pernambucanos pecaram na marcação, coletiva e individual, e viram os alagoanos saírem com a vantagem de 3×2 no primeiro jogo da terceira fase do mata-mata nacional. Tinga, Rafael Silva e Reinaldo Alagoano, em cobrança de um pênalti duvidoso, fizeram os gols dos donos da casa, enquanto Léo Gamalho fez os dois dos visitantes, que agora precisam vencer o jogo de volta, no dia 13 de agosto, no Arruda, para se classificarem para a próxima fase. O empate é do Santa Rita.

Um lado positivo para os pernambucanos é o ataque que voltou a funcionar com o atacante Léo Gamalho. É verdade que a parte ofensiva coral demorou a acordar nesta quarta, mas foi efetiva com os dois gols de sua principal peça.

O JOGO - Como o placar sugere, o Santa Cruz não teve vida fácil durante os noventa minutos. Isso porque começou a partida de maneira sonolenta, deixando muitos espaços na marcação. Vários foram os momentos em que os jogadores do Santa Rita partiram com a bola dominada, seja pelos lados ou pelo meio, sem serem incomodados. Por conta disso, os donos da casa levaram mais perigos na primeira etapa. Mantiveram a bola no chão e evitaram os chutões. Tocando a bola de pé em pé e aproveitando os espaços deixados pelo tricolor pernambucano, os alagoanos foram se impondo no jogo, como se o ‘grande’ no confronto fossem eles.

Assim, não demorou para a equipe de Alagoas abrir o placar. Depois de jogada trabalhada na direita, aos 38 minutos do primeiro tempo, veio cruzamento para a área. A marcação do Santa Cruz, que já havia bobeado no início do lance, dormiu na pequena área e viu Tinga balançar as redes.

O gol sofrido poderia acordar os corais no gramado, mas não foi isso o que ocorreu, pelo menos na primeira parte do jogo, em que o Santa Cruz foi fraco também na criação. A melhora de postura só veio no segundo tempo, depois da bronca e das mudanças do técnico Sérgio Guedes no intervalo. Mais parecia que outro time tinha vindo para o campo, tamanha a diferença de postura entre um tempo e outro.  O Santa dos 45 minutos finais foi mais ativo no ataque e, se não fez um futebol do outro mundo, pelo menos foi mais competitivo com jogadas trabalhadas, principalmente pelos lados do campo.

Com o crescimento do coletivo, abriu-se espaço para o aparecimento das individualidades do Santa Cruz, que neste caso atendia pelo nome de Léo Gamalho. O atacante marcou duas vezes e virou a partida aos 5 e 14 minutos do segundo tempo. Mérito não só para o atacante, mas para a mudança de postura coral, que se ligou na parte ofensiva da partida.

Só que do outro lado havia um time mais regular no gramado. Mesmo sofrendo a virada, o Santa Rita não se desesperou. Manteve a paciência no toque de bola e soube aproveitar novamente os vacilos defensivos dos pernambucanos novamente. Aos 21 empatou com Rafael Silva depois de cruzamento na área – calo do Santa Cruz no momento. Já aos 33, provocou a segunda virada do duelo com Reinaldo Alagoano, em cobrança de pênalti duvidoso feito por Tiago Cardoso. Mas pênalti ou não, a defesa visitante deu novamente espaços para o lance de perigo. No fim das contas, as falhas na defesa foram decisivas para a derrota do Santa Cruz.

FICHA DA PARTIDA – SANTA RITA 3X2 SANTA CRUZ

Santa Rita – Jeferson; Edi, Júnior Carvalho, Celmo Lima, e Jeanderson; Cristiano, Teco (Adriano), Lucas e Tinga (Wagner Líbano); Reinaldo Alagoano (Júnior Amorim) e Rafael Silva. Técnico: Eduardo Neto.

Santa Cruz – Tiago Cardoso; Tony, Everton Sena, Marllon e Renatinho; Sandro Manoel (Emerson Santos), Everton, Danilo Pires e Carlos Alberto (Betinho); Pingo (Natan) e Léo Gamalho. Técnico: Sérgio Guedes.

Copa do Brasil.

Local: Rei Pelé, Maceió (AL). Árbitro:  Devarly Lira do Rosario (ES). Auxiliares:  Fabio Faustino dos Santos e  Edson Glicerio dos Santos (ambos do Espírito Santo). Gols: Tinga (SR) aos 38 minutos do primeiro tempo; Léo Gamalho (SC) ao 5 e aos 14, Rafael Silva (SR) aos 22 e Reinaldo Alagoano (SR) aos 33 do segundo. Amarelos: Tiago Cardoso (SC), Everton Sena (SC), Jeanderson (SR) e Cristiano (SR).

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