Um calouro foi amarrado em uma
pilastras e estudantes fizeram
saudação nazista. Foto: Reprodução da Internet
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Um estudante foi expulso e outros três suspensos durante um
semestre pelos atos contra os calouros, em março do ano passado
Um estudante foi expulso e outros
três suspensos pelo envolvimento nos trotes contra alunos do primeiro período
da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os atos
aconteceram em 15 de março do ano passado. Em reunião realizada na tarde desta
terça-feira, o Conselho Universitário decidiu pelo desligamento de Gabriel de
Vasconcelos Spínola Batista e pelo afastamento, por um semestre, de Gabriel
Augusto Moreira Martins, Gabriel Mendes Fajardo e Giordano Caetano da Silva.
Ano passado, duas fotos do trote
realizado por alunos da Faculdade de Direito circularam pelas redes sociais e
ganharam ampla repercussão. Em uma delas, uma caloura aparece pintada de preto
e acorrentada por um veterano. Ela usava um cartaz que dizia “Caloura Chica da
Silva”, em referência à escrava que passou por Minas Gerais no século XVIII. A
outra imagem mostra estudantes fazendo gestos em alusão ao nazismo. Um dos
veteranos aparece com um bigode semelhante ao usado por Adolf Hitler.
Em nota divulgada no site da
UFMG, o Conselho Universitário, responsável por formular a política geral da
Universidade, condenou as imagens do trote. “São repulsivas e remontam a
situações simbólicas de discriminação histórica, além de atentar contra as
conquistas da liberdade, igualdade e diversidade garantidas juridicamente, o
que não pode ser olvidado, especialmente em uma faculdade de direito”, diz no
documento.
Uma das imagens que provocaram revolta mostra caloura
pintada e acorrentada.Foto: Reprodução da Internet
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A Resolução 06/2014 considera trote
atividades que envolvam ou incitem agressões físicas, psicológicas ou morais,
resultem em coação física ou psicológica, em humilhação, danos ao patrimônio
público ou privado. São condenáveis também ações que evidenciem opressão,
preconceito ou discriminação, obriguem alunos a usar roupas, acessórios ou a
cobrir o corpo com qualquer tipo de substância, a ingerir bebida alcóolica e
demonstrem qualquer intolerância política, ideológica ou religiosa.
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