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Patric exerceu duas funções durante o jogo. Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem |
Com erros do primeiro ao último
minuto de jogo, o Sport perdeu a segunda partida como mandante na Série A do
Campeonato Brasileiro. O algoz foi o Vitória, que, ao fazer 2×1, mostrou
eficiência para explorar os pontos fracos dos pernambucanos. Esse resultado
deixou os campeões do Nordeste em 11º lugar. Já o Leão baiano conseguiu sair da
zona de rebaixamento. Agora é o 17º, com 31 pontos.
Marcinho bateu falta na área e
Rithely subiu mais que todo mundo para mandar para as redes. O problema é que o
alvo do volante foi justamente a barra que seu goleiro defendia. Nada mais pode
ser dito antes disso porque o cronômetro marcava apenas 45 segundos quando o
Vitória marcou o gol inaugural.
Pronto, depois do gol-relâmpago
podemos voltar ao contexto do jogo. A péssima fase do ataque do Sport fez o
técnico Eduardo Baptista radicalizar. A dupla Felipe Azevedo/Neto Baiano foi
para o banco e a experiência que deu certo contra Criciúma e Santos voltou:
Vítor entrou na lateral e Patric virou atacante, com o acréscimo de Ananias e
Diego Souza no papel do falso centroavante.
O que ninguém contava é que
aquele gol pré-um minuto desmantelou qualquer planejamento. O Sport quis
empatar de qualquer jeito e de qualquer jeitou tentou ir ao ataque. Quando
alguém não individualizava outro alguém precipitava-se. Ibson foi o maior
exemplo do primeiro problema e Renê do segundo. Acrescente-se o maior problema
do time com a avalanche de contusões: a perda de uma marcação mais pesada no
meio de campo. Embora trabalhem melhor a bola, nem Rithely nem Wendel têm a
força de Ewerton Páscoa e Rodrigo Mancha, a dupla de volantes durante quase
todo primeiro semestre.
Foi assim que os baianos chegaram
ao segundo gol. Juan cruzou da esquerda e Henrique Matos interceptou. Mas Dinei
foi espero, correu até à bola, dominou, girou e chutou forte no canto esquerdo
de Magrão. Durante os quatro movimentos do atacante adversário, nem Henrique
Mattos tentou acompanhar, nem um dos volantes, que deveriam estar na entrada da
área, apareceu para fazer a cobertura.
Com dois gols de vantagem o
Vitória encolheu-se em seu campo defensivo usando um 4-1-4-1, deixando apenas
Dinei à frente. Edno e Vinícius formavam a linha do meio de campo, que recuou à
medida que o tempo passava. Isso chamou o Sport para o campo ofensivo e o time
da casa foi atacando, literalmente aos trancos e barrancos até o maior vacilo
dos visitantes. Patric ficou livre do lado direito e Ananias o lançou. O
lateral/artacante entrou na área e cruzou no segundo pau para Diego Souza subir
muito alto e cabecear para as redes aos 40 minutos.
O Sport voltou para o segundo
tempo com o novo sistema ofensivo parcialmente desfeito. Felipe Azevedo entrou
no lugar de Vítor e Patric era de novo o lateral. No Vitória, o fraco Juan deu
lugar a Mansur. A mudança do Sport não mudou nada. O time não pressionou a
saída de bola, não acelerou o jogo e, principalmente, manteve Ibson enraizado
no lado esquerdo. Já o novo lateral-esquerdo baiano apenas guardou posição,
coisa que o antecessor não fazia.
Como o time dominava apenas
territorialmente, o técnico rubro-negro promoveu outra alteração. Para
satisfação da torcida, que aplaudiu, Neto Baiano foi para a beira do gramado. E
para insatisfação da torcida, que vaiou, quem saiu foi Diego Souza. Com a saída
de um jogador que prende a bola e a entrada de outro apenas de finalização, o
Sport passou a apelar ainda mais para a bola longa.
E para piorar a relação do
técnico com a torcida a última mudança envolveu dois jogadores que gozam de
péssima popularidade com a torcida. Wendel saiu para entrada de Zé Mário. Mesmo
depois da entrada de Zé Mário, aos 24, o Sport ainda demorou mais de dez
minutos para usar Ibson centralizado. E àquela altura do jogo, o desespero já
batia forte e o time preferia rifar a bola no ataque do que uma troca de passes
consciente.
Esses lançamentos só fizeram
consagrar o zagueiro Kadu, o maior rebatedor de todos eles. Parte da torcida
perdeu a paciência e chamou o técnico Eduardo Baptista de burro. Quando o
Vitória tinha a bola conseguia trocar passes com relativa facilidade, já que o
meio de campo leonino não dava o bote.
Ficha do jogo:
Sport: Magrão; Vítor (Felipe
Azevedo), Durval, Henrique e Renê; Rithely, Wendel e Ibson; Patric, Diego Souza
(Neto Baiano) e Ananias. Técnico: Eduardo Baptista.
Vitória: Gatito Fernández; Nino,
Roger Carvalho, Kadu e Juan (Mansur); Luiz Gustavo, Richarlyson e Marcinho;
Vinicius (Luiz Aguiar), Edno e Dinei (Marcos Júnior). Técnico: Ney Franco.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro:
Leandro Pedro Vuaden (RS). Assistentes: Marcelo Bertanha Barison e José Antônio
Chaves Franco Filho (ambos do RS). Gols: Rithely (contra), aos 45 segundos;
Dinei, aos 27; Diego Souza, aos 40 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Edno,
Gatito Fernandéz, Luiz Gustavo, Richarlyson, Wendel e Durval.
Blog do Torcedor
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