A Central de Transplantes de
Pernambuco (CT-PE) e a Defensoria Pública de Pernambuco conseguiram
autorização, por via administrativa, para que uma paciente com morte encefálica
pudesse realizar a doação de órgãos. A mulher não possuía parente até segundo grau
disponível para comparecer ao hospital para efetivar o ato, por isso a medida
administrativa. Esse é a segunda doação realizada a partir da assinatura do
termo de cooperação assinado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a
Defensoria, no segundo semestre de 2014. O caso ocorreu na última terça-feira
(03/03).
A doadora foi uma jovem de 18
anos, vítima de acidente de trânsito, que veio a óbito no Hospital de Trauma,
em Petrolina, no sertão pernambucano. Ele conseguiu doar o coração, fígado e os
dois rins. Uma equipe captadora foi de táxi aéreo buscar órgãos para trazê-los
ao Recife. Todos já foram transplantados e os receptores passam bem.
“Em caso de não parentes ou
familiares que não conseguem comprovar parentesco, ou mesmo quando o parentesco
é acima do segundo grau, a doação só pode ser feita por meio da atuação dos
órgãos competentes para legitimar o ato. O mesmo ocorre quando não há documento
oficial com foto do doador. São nessas situações que a assessoria jurídica dará
todo o suporte necessário, de forma gratuita. Sabe-se que o tempo é fator
primordial e indispensável para que a doação seja bem sucedida e esse apoio é
muito importante para salvar vidas”, comenta a coordenadora da Central de
Transplantes em Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.
PRIMEIRO CASO – A primeira doação feita após a assinatura do termo
de cooperação entre a SES, Defensoria Pública de Pernambuco e Ministério
Público de Pernambuco (MPPE) ocorreu em setembro de 2014. O paciente, um homem
de 49 anos, vítima de um acidente cerebral hemorrágico, faleceu no Hospital
Pelópidas Silveira, onde estava sendo assistido. Apesar de a família concordar
com a doação dos órgãos, a intervenção da Defensoria foi essencial porque o
paciente não possuía documento oficial com foto. O homem doou o fígado, os dois
rins e as duas córneas.
FILA DE ESPERA – Atualmente, 1.270 pessoas aguardam a doação de um
órgão. A maior fila é de rim, com 1.051 pessoas. Ainda há 14 esperando por um
coração, 83 por fígado, 1 por rim-pâncreas, 26 por medula óssea e 94 por
córnea.
Blog Saúde-pe
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