Mandíbula de 2,8 milhões de anos
é fóssil mais antigo do gênero Homo.
Fósseis foram encontrados em 2013
na Etiópia.
Imagem do (Foto: J Ramón Arrowsmith) |
Uma mandíbula com dentes de 2,8
milhões de anos, encontrada na Etiópia, é o fóssil mais antigo do gênero Homo
encontrado até agora e, segundo pesquisa publicada na revista
"Science", sua descoberta antecipa em 400 mil anos a origem da nossa
espécie.
A descoberta, anunciada nesta
quarta-feira (4) na edição digital da revista, lança luz sobre a origem do
gênero Homo, ao qual pertence a espécie humana, explicam os cientistas na
"Science".
"A época da qual data a
mandíbula inferior reduz a brecha na evolução entre o Australopiteco - a
célebre Lucy, que data de 3,2 milhões de anos - e as primeiras espécies do tipo
Homo como o erectus ou o habilis", explicam os cientistas.
"Este fóssil é um excelente
exemplo de uma transição de espécies em um período chave da evolução
humana", acrescentam.
Imagem (Foto: Kaye Reed/Divulgação) |
Esta mandíbula foi encontrada em
2013 em uma zona de rastreamento denominada Ledi-Geraru, na região Afar, na
Etiópia, por um grupo internacional de pesquisadores chefiado por Kaye Reed, da
Universidade do Arizona, e Brian Villmoare, da Universidade de Nevada.
Há décadas, cientistas buscam
fósseis na África para encontrar indícios da linhagem Homo, embora com sucesso
limitado, pois eles descobriram muito poucos fósseis do período entre três
milhões e 2,5 milhões de anos atrás.
"Os fósseis da linhagem Homo
com mais de dois milhões de anos são muito raros e o fato de ter um
esclarecimento sobre as primeiras fases da evolução da nossa linhagem é
particularmente emocionante", disse Brian Villmoare, principal autor do
artigo.
No entanto, os cientistas alertam
que não estão em condições de dizer, com esta única mandíbula, se se trata ou
não de uma nova subespécie dentro do tipo Homo.
France Presse
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