domingo, 12 de abril de 2015

Será que esse álcool a mais (27%) na gasolina deixará o motor bêbado?

Certos assuntos tem preferência de ficar
protegidos por uma armadura rígida…
… e de forma positiva,
até que podem continuar ai.

Reconhecendo que quase a maioria da sociedade não entende determinados temas (como deveriam),
não posso dar-me ao luxo de perder a maior parte de meus potenciais leitores (raros bem sei),
sem dar-lhes uma rota segura.

Na batalha contra a desinformação,
farei um breve relato sobre esse “intrigante” estado de coisas…
… ao contrário de algumas histórias de “erros” que circulam pela internet,
que são lastimavelmente inadequadas.

Mas quem sabe,
iniciamos a explicar as razões
que estão por trás dessas ações?

Ok?

Bem, devemos iniciar fazendo uma pergunta
que certamente deixará um agradável e prolongado sabor de “quero mais”,
em sua mente inquiridora…

MAS POR QUE AUMENTAR A QUANTIDADE DE ETANOL À GASOLINA?


Antes de mais nada,
e ao contrário do que todo mundo parece acreditar,
as respostas diversificam
tal qual a “encruzilhada” de muitos caminhos…
(Então não espere uma resposta universal para tal pergunta).

Mas eis algumas das respostas:

1ª) O preço. Para segurar a inflação o governo prorroga o aumento da gasolina.
Porém, mesmo com mais etanol, inevitavelmente a gasolina deverá ficar mais cara.
E tal medida pode acabar levando ao aumento do próprio etanol, afirmam alguns especialistas.

Logo, em certa medida,
é possível então concluir que o mercado impôs isso.

2ª) O setor sucroenergético (setor relativo à produção de energia a partir da cana-de-açúcar) passa por uma das “maiores crises” de sua história.
A medida da Petrobras, portanto, beneficiaria a categoria com um aumento da demanda interna de etanol anidro.
(A adição de álcool anidro – também chamado de etanol anidro – à gasolina varia de acordo com a produção dos canaviais e os estoques).

A aprovação do aumento da mistura reduziria a necessidade de importação da gasolina pela Petrobras, vendida no mercado doméstico abaixo do preço internacional.

(Importamos gasolina viu?) Clique aqui e saiba mais.

3ª) Esta justificativa veio do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.
Disse ele:
– “Esta é uma operação em que todos ganham: ganha o produtor,
ganha o mercado, ganha o sistema de abastecimento de energia no Brasil,
e ganha também o nosso arranjo produtivo”.
(E encha-se de paciência nesse terrível e maravilhoso mundo).

4ª) Seria por motivos ambientais.
Ao adicionar mais etanol a gasolina,
há o aumento do uso de “combustível renovável” que é positivo,
pois estes combustíveis ocasionam menos malefícios ao homem e ao ambiente.
(A poluição não é só nociva – é má)

Combustíveis renováveis são aqueles em que a sua utilização e o seu uso é renovável (não se esgota) ao longo do tempo:

Etanol cana de açúcar Sol

Obs: caso fosse “ACésarVeiga” o ministro das Minas e Energia (risos), esta seria a justificativa que gostaria de comunicar a nação como o “único” motivo deste aumento na porcentagem do etanol.
(Até parece que esteja a utilizar esta espécie de “pé-de-cabra” para abrir portas no mundo político. Mas não estou…).

5ª) Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a União da Indústria de cana de açúcar (Unica) emitiram comunicado conjunto ao governo,
no qual as entidades manifestaram concordância com a alteração,
Mas não justificaram o motivo da concordância.
(Dando a entender que o “foco” está além do problema).

As demais associações dos fabricantes de motociclos e as principais associações envolvidas também manifestaram a concordância com a adoção da medida.
Também não justificaram.
(Parece-me que seguiram o conselho de que a melhor maneira de destruir um inimigo é tornando-se seu amigo).

TODOS OS TIPOS DE VEÍCULOS PODERÃO UTILIZAR ESTA GASOLINA COM 27% DE ETANOL ANIDRO?

Para certos especialistas, não é recomendável utilizar esse “blend”(mistura) em:
– veículos a gasolina produzidos antes da década de 1990;
– veículos com carburador;
– naqueles primeiros veículos fabricados com injeção eletrônica e,
– veículos importados com motor a gasolina.

Carros antigos e equipados com carburador são os que vão sentir mais, pois os velhos motores não conseguem identificar essa mistura e podem ter alguma perda de desempenho.
Nos dias muito frios, o efeito colateral é a dificuldade na partida.

Já os carros com motor “flex” não sofrerão nenhum impacto…
…somente provocará o aumento de consumo…
(O legítimo “grand finale” do cinismo e da desfaçatez).

Mas quando devidamente avaliados por outros especialistas,
“estes” dizem que não afetará o desempenho nem o consumo,
“a ponto de o cliente perceber”,
é claro!
(Isto mesmo, desligaram completamente o senso da moral e da ética).

Continua…

BLOG TRANSITAR

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