Mostrando postagens com marcador Refinaria Abreu e Lima. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Refinaria Abreu e Lima. Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de maio de 2015

Refinaria Abreu e Lima recebe visita de integrantes da CPI da Petrobras

Refinaria Abreu e Lima. Foto: reprodução/Petrobras
Atingida pelo escândalo de corrupção na Petrobras, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, é o destino dos deputados federais que compõem a CPI da Petrobras. Nesta segunda-feira (18), o grupo de parlamentares vai apurar in loco as denúncias que têm sido reveladas nos depoimentos dos envolvidos no esquema, que causou prejuízo de R$ 6 bilhões às contas da estatal.

De acordo com o deputado federal Kaio Maniçoba (PHS/PE), terceiro vice-presidente da CPI, as denúncias a serem analisadas partiram tanto dos depoimentos colhidos quanto das delações premiadas de réus presos.

Segundo cronograma enviado pela comissão, a expectativa é que os deputados cheguem ao Aeroporto Internacional dos Guararapes às 10h. Do local, o grupo segue de helicóptero para a Rnest. A visita está prevista para as 11h. Às 14h30, a Petrobras faz uma apresentação e esclarece dúvidas dos parlamentares.

Em abril, o balanço contábil da Petrobras revelou que o impairment (ajuste de ativos que perderam valor) da Refinaria Abreu e Lima passou de R$ 16,4 para R$ 7,3 bilhões.

O chamado “segundo trem” da refinaria foi uma das áreas mais atingidas pela crise na estatal. Com 80% das obras concluídas, o empreendimento está paralisado desde o início deste ano, como um dos reflexos da Operação Lava Jato.

Sem ele, a usina não opera em sua capacidade total. A Petrobras não revela os níveis de produção atuais, mas, para se ter uma ideia, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pernambuco e da Paraíba (Sindipetro PE/PB), enquanto a previsão era de 1.500 pessoas atuarem no empreendimento, hoje apenas 500 estão em atividade.

Além da refinaria, a comissão de deputados já percorreu as instalações do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), empreendimento que também foi atingido pelos desvios de recursos.

Na passagem por Pernambuco, na inauguração da fábrica da Jeep, em Goiana, no dia 28 de abril, a presidente Dilma Rousseff (PT) saiu em defesa da refinaria e afirmou que “sua importância vai muito além da produção de diesel no Brasil, a existência dessa refinaria é importante pela implantação do polo industrial”, disse a petista. 

{VEJA VÍDEO DAS OBRAS PARALISADAS DO “TREM 2″}

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Petrobras inicia operação na Refinaria Abreu e Lima

A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (17), o início da comercialização de combustíveis na Refinaria Abreu e Lima, instalada em Pernambuco. 

Com a operação da refinaria, a empresa projeta a redução da importação de derivados de petróleo. Abreu e Lima produzirá, prioritariamente, óleo diesel, que responde por 70% do rendimento total da unidade.

A venda será para a BR Distribuidora, também da Petrobras, de diesel S-500, com menos teor de enxofre.

A refinaria é pivô das investigações da Polícia Federal de um suposto esquema de corrupção na empresa. A Operação Lava Jato investiga um possível superfaturamento na construção da Abreu e Lima, que iniciou orçada em US$ 2,5 bilhões e foi concluída por US$ 18,5 bilhões.

“Cumprimos o orçamento com muita luta e briga”, disse Graça Foster, presidente da Petrobras, durante encontro de fim de ano com a imprensa, na sede da empresa, no centro do Rio.

Investimento
A executiva informou também que no próximo ano deverá ter um investimento “ligeiramente” menor que o executado em 2014. Graça confirmou que a companhia renegocia dívidas para evitar a cobrança antecipada dos títulos em função da não divulgação do balanço financeiro da companhia.

A executiva não quis antecipar valores ou porcentuais de redução de investimentos, mas avaliou que a depreciação do câmbio e da cotação internacional do petróleo vai afetar o planejamento da companhia. Em contrapartida, ela destacou o “aperto” de custos internos da Petrobras, com corte de gastos que acumulam R$ 7,4 bilhões no acumulado dos três trimestres deste ano.

A avaliação é de que a redução de investimentos não deve comprometer a curva de produção. “Os efeitos dessa diminuição eventual que se faça nos investimentos não tendem a ter impacto significativo imediato. Estamos verificando isso com bastante cuidado, mas essa não é a nossa principal preocupação”, afirmou José Formigli, diretor de Exploração e Produção da companhia.

Já a presidente Graça Foster, avalia que a companhia não terá “problemas de financiabilidade”. “Nós acreditamos que vamos atender as expectativas do auditor independente para não nos dar ressalvas e reconhecer o balanço. Estamos renegociando dividas que poderiam ser aceleradas”, afirmou a executiva.
 Estadão Conteúdo

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Derivados de petróleo made in Pernambuco

Gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, resíduo atmosférico e óleo diesel já estão sendo produzidos pela Abreu e Lima

Não fosse a Operação Lava Jato e o mar de lama derramado sobre o nome da Petrobras, os últimos dias teriam sido de festa no Complexo Industrial e Portuário de Suape. Depois de nove anos de construção e décadas de espera, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) começou a produzir derivados. Saíram da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) da primeira refinaria de petróleo de Pernambuco gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, resíduo atmosférico e, claro, óleo diesel, a razão de ser do empreendimento, que está custando aos cofres da estatal US$ 18,5 bilhões, oito vezes mais que os US$ 2,5 bilhões inicialmente previstos.

Segundo a (discreta) nota divulgada pela Petrobras no último sábado, os produtos foram enviados para armazenamento nos tanques e esferas da refinaria. Além dos derivados, foi produzido também gás combustível, que será utilizado nos processos da própria unidade. Quando estiver operando com força total, no próximo ano, a primeira refinaria a ser construída no Brasil desde 1980 terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia e será responsável por 17% de toda a produção nacional de óleo diesel. A Abreu e Lima será a unidade da Petrobras com maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%).

Mas por enquanto a Rnest vai trabalhar em um ritmo mais devagar. Tudo por conta da demora na construção, o que levou os órgãos regulatórios a liberarem as licenças de operação com algumas ressalvas. O “ok” da Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi dado com uma limitação da capacidade de processamento da unidade em 11.765 metros cúbicos por dia, o equivalente a 67% da capacidade nominal da refinaria. A refinaria só poderá operar com carga máxima quando colocar em “perfeito funcionamento” a Unidade de Abatimento de Emissões, responsável pelo controle de resíduos. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) já tinha feito a mesma ressalva.

O início da operação da Rnest deveria ter acontecido um mês atrás. “A Rnest vai começar a produzir diesel no dia 4 de novembro”, declarou em agosto José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento da Petrobras. Não deu. Houve atraso nas obras e as licenças necessárias para iniciar o processo também não saíram dentro do tempo previsto. Agora que o petróleo finalmente começou a ser transformado em derivados, as atenções se voltam para a partida do segundo trem de refino – que é como o conjunto de unidades de produção costuma ser chamado pelos representantes da estatal.

A previsão é que a “partida” ocorra até maio. Mas, até lá, a Petrobras precisa desatar alguns nós. O primeiro deles diz respeito aos problemas trabalhistas. O consórcio Alumini desistiu da obra alegando que não estava recebendo o pagamento pelos serviços. Com isso, 4,5 mil trabalhadores aguardam para receber. Outras empresas prestadoras de serviço também reclamam que estão há meses sem ver a cor do dinheiro. A estatal vem tocando as obras sozinha da Abreu e Lima, depois que viu naufragar a “parceria” que tinha montado com a venezuelana PDVSA.

Pelo acordo firmado entre os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, o Brasil assumiria 60% dos gastos e a Venezuela ficaria com os 40% restantes. Os dois lançaram a pedra fundamental em 16 de dezembro de 2005. Depois de promessas de amor eterno, idas e vindas, os vizinhos desistiram. A morte do presidente venezuelano, em março de 2013, pesou na decisão. Apontada como o “fato econômico” mais importante da história de Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima chegou a ser disputada por nove estados. Ficou em Suape por conta da infraestrutura existente no complexo.

Diario de Pernambuco

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Refinaria recebe a licença de operação. Petrobras já pode marcar inauguração

Segundo a presidente da Petrobras, custo final da refinaria será de US$ 18,5 bilhões.
Foto: Allan Torres/DP/D.A Press
A Petrobras já pode agendar a data de inauguração da primeira etapa da Refinaria Abreu e Lima (Rnest). A Agência Nacional de Petróleo (ANP) publicou nesta segunda-feira (17), no Diário Oficial da União, a licença de operação do empreendimento, que está sendo erguido no Complexo de Suape. A Petrobras chegou a anunciar o início dos trabalhos da refinaria para o último dia 4. Mas a data precisou ser suspensa justamente pela falta da licença.

Também nesta segunda-feira, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, confirmou o valor fechado do investimento na construção da refinaria: US$ 18,5 bilhões (pouco mais de R$ 48 bilhões pelo câmbio atual). Antes, a estatal tinha divulgado que o investimento ficaria entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhões. Graça Foster participou de uma teleconferência com analistas de mercado.

A Petrobras tem feito os ajustes finais no projeto que responderá por 17% de toda a produção nacional de óleo diesel no país. Em um informe divulgado no início do mês, a Petrobras detalhou, em tom de prestação de contas, as etapas de construção da refinaria. O texto indicava que as obras atingiram 90,2% de avanço físico em setembro e que o primeiro conjunto de refino está 95% concluído.

A Abreu e Lima terá capacidade de processamento de 230 mil barris de petróleo por dia e será a unidade da Petrobras com maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%). No total, a produção de diesel da Rnest será de 161 mil barris por dia. Ou seja, a cada 100 barris de petróleo processados, 70 barris de diesel S-10 (com baixo teor de enxofre) serão produzidos. Além de diesel, a refinaria ainda produzirá gasolina, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), óleo combustível e coque.

Diario de Pernambuco

sábado, 6 de setembro de 2014

Refinaria recebe petróleo do Nordeste

Heudes Regis/JC Imagem
Com petróleo nordestino, a Petrobras inicia a pré-operação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo de Suape. O navio Elka Aristotle atracou ontem no porto pernambucano, carregado com os primeiros 350 mil barris de petróleo do Rio Grande do Norte para abastecer a unidade. A chegada da matéria-prima é um marco na operação da 14ª refinaria construída pela Petrobras no País e a primeira a ser inaugurada depois de um intervalo de 34 anos. O empreendimento é um dos mais controvertidos da história da Petrobras, com um cronograma de implantação que se estende há 9 anos e um orçamento que explodiu mais de dez vezes, passando de US$ 2,3 bilhões para US$ 20 bilhões.

Por enquanto, o óleo bruto servirá para testar os sistemas da Rnest. O processamento do petróleo propriamente dito (a transformação da matéria-prima em derivados) só vai começar na primeira quinzena de outubro e a inauguração oficial está prevista para o dia 4 de novembro. Até lá, a refinaria vai receber mais um milhão de barris de óleo cru para completar essa fase de testes.

O projeto da Abreu e Lima previa o abastecimento da unidade com petróleo da Bacia de Campos (RJ e ES) e com óleo venezuelano (em função da parceria com a PDVSA). Com a frustração do acordo, a refinaria vai receber apenas petróleo nacional. O gerente-geral da Rnest, Valdison Moreira, explica que a escolha pelo óleo bruto nordestino é uma estratégia de partida da operação.

“A companhia priorizou petróleos com características especiais e uma delas é o teor de enxofre. Esses petróleos são de muito boa qualidade e de baixo teor de enxofre. Para iniciar e testar uma unidade essa é a condição mais favorável”, observa, destacando também a proximidade da Bacia Potiguar e o simbolismo de começar a operação da refinaria do Nordeste com matéria-prima da região. Na etapa de pré-operação, além do petróleo potiguar a Rnest vai receber óleo das bacias de Sergipe e Alagoas. Num segundo momento, da Bacia de Campos. O primeiro carregamento de Guamaré (RN) é uma mistura de petróleos de extração terrestre e marítima.

Quando o primeiro trem (metade das unidades) da Abreu e Lima estiver em plena operação, a expectativa é receber um navio de petróleo a cada cinco dias. Problemas com a dragagem do canal de acesso à Suape (que teve o orçamento aumentado em função de dificuldades técnicas e não foi concluída) vai exigir mudança de estratégia na logística da Petrobras. 

A companhia terá que substituir navios maiores por menores para entrar no porto e, portanto, fazer mais viagens. “Quando se pensou o projeto, a ideia era que tivesse condição de receber navios maiores. Seria interessante e motivo de orgulho pra todos nós receber os próprios petroleiros construídos no Estado para transportar petróleo para a refinaria”, diz Moreira, sem polemizar sobre o imbróglio.


Jornal do Commercio

sábado, 3 de março de 2012

REFINARIA ABREU E LIMA REGISTRA PREJUÍZO DE R$ 255,45 MILHÕES

Do Diário de Pernambuco
imagem: petrogasvip.zip.net

A Refinaria Abreu e Lima, em construção no Complexo Industrial Portuário de Suape, registrou prejuízo de R$ 255,45 milhões em 2011. O resultado consta no Relatório Anual da Administração publicado ontem nos jornais. Em 2010, a companhia havia contabilizado um lucro líquido de R$ 242,17 milhões. Ao fim de dezembro, o capital social da empresa era de R$ 2,9 bilhões.

O relatório dá conta ainda que em 2011 a refinaria continuou utilizando os recursos oriundos do contrato de financiamento firmado em julho de 2009 com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor contratado foi de R$ 9,9 bilhões.

Em novembro de 2011, os recursos do BNDES acabaram e a Petrobras precisou aportar R$ 1,7 bilhão na refinaria. Ainda assim, a companhia registrou o prejuízo acima mencionado. Em nota, a Petrobras informou que não comentará o assunto.