segunda-feira, 4 de julho de 2011

HÁ 82 ANOS FALECIA O CONSELHEIRO ROSA E SILVA

Rosa e Silva

ROSA E SILVA X DANTAS BARRETO-PARTE 4
Dantas Barreto
Durante o período mais difícil da vida de Rosa e Silva, sua lealdade ao marechal Hermes da Fonseca não foi devidamente retribuída por este, malgrado as declarações de que era "um homem leal" e de que preferia "dar um tiro na cabeça a abandoná-lo. O fato é que, candidatando-se ao governo de Pernambuco e tendo sido eleito em 5 de novembro de 1911, por 21.613 votos contra 19.385 do general Dantas Barreto, não conseguiu Rosa e Silva o necessário apoio do Presidente da República. Este, nunca atendeu aos insistentes apelos do seu aliado político, no sentido de retirar do Recife a facciosa guarnição federal que acabou empossando, manu militari, o candidato derrotado nas eleições. 
Pode-se imaginar o que isto significou para um homem da sensibilidade moral de Rosa e Silva, de quem disse Antônio Azeredo: "os amigos confiavam na sua lealdade, juravam na sua promessa e respeitavam a sua palavra como se fosse um dogma". Vendo-se esbulhadonos seus direitos e traído na sua confiança, nem assim perderia Rosa e Silva a sua compostura, pois ele sabia ser elegante até na queda e no ostracismo. "Procurai em toda a história republicana" - afirmou Costa Rego no Senado - "e não achareis um que tenha melhor sabido compor sua atitude, no instante de cair".
VOLTA POR CIMA
No ostracismo ficaria Rosa e Silva até o fim do período hermista. Chegou a vender o Diário de Pernambuco, que adquirira em 1901, por que o velho órgão da imprensa pernambucana - "jornal mais antigo em circulação na América Latina" - teve sua publicação suspensa e chegou a ser empastelado, o que, aliás, voltaria a ocorrer em outros períodos ditatoriais. Em 1915, elegeu-se de novo senador pelo Estado de Pernambuco, por um período de 9 anos. Continua a destacar-se nos debates sobre assuntos econômicos e financeiros. Para a sucessão de Rodrigues Alves, eleito pela segunda vez, mas, falecido antes de empossar-se na Presidência, apoiou Rosa e Silva a candidatura de Rui Barbosa, talvez arrependido de tê-la repudiado em 1909. Tratava-se de uma candidatura bastante precária, mas Rosa e Silva afirmava que "não se luta só para vencer, luta-se também para perder".
Em 1924, foi reeleito Senador, travando, no ano seguinte, veemente discussões com Epitácio Pessoa, que, reingressando no Senado, defendia o seu governo. Em maio de 1926, viaja mais uma vez à Europa, chefiando a delegação brasileira à Conferência da União Interparlamentar, reunida em Londres. Falando "num francês puríssimo", como depõe Oto Prazeres, conquistou Rosa e Silva um sucesso invulgar. Foi o seu canto de cisne. Voltando ao Brasil, retomou as suas atividades no Senado. E foi como Senador pelo seu Estado que faleceu, no dia 1º de julho de 1929, com 72 anos incompletos. Seu corpo seguiu para o Recife, onde foi sepultado com honras de chefe de Estado. No seu mausoléu, lê-se esta singela inscrição: "A F. A. Rosa e Silva Homenagem de Pernambuco".


REVEJA AS MATÉRIAS ABAIXO- SOBRE ROSA E SILVA BIOGRAFIA:
REVEJA A PRIMEIRA E A SEGUNDA PARTE   Aqui  e  Aqui .  
REVEJA A TERCEIRA PARTE  Aqui
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO- O ROSISMO NO NOSSO MUNICÍPIO:
REVEJA AS MATÉRIAS SOBRE O ROSISMO EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE


FONTE : HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE, COM O PROFESSOR JOSÉ ARAGÃO E NO SITE: www2.camara.gov.br
POSTADO POR JOHNNY RETAMERO

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