Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – De janeiro até o
início de abril, mais de 140 mil estudantes contrataram o Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies), de acordo com balanço divulgado hoje (9) pela
presidenta Dilma Rousseff. “Isso significa que vamos atingir quase o mesmo
número de contratos, em quatro meses, do que tudo que fizemos no ano passado”,
disse. Atualmente, 500 mil universitários estudam graças à iniciativa.
No programa semanal Café com a
Presidenta, Dilma ressaltou que ao financiar cursos em universidades privadas,
o Fies permite que milhares de jovens estudem mesmo quando não podem pagar as
mensalidades. Para ela, o programa representa um instrumento importante na democratização
do acesso ao ensino superior no país.
A presidenta lembrou que, em
2010, o Fies passou por grande reformulação, que derrubou a taxa de juros de 9%
para 3,4% ao ano, além de ampliar o prazo de carência de seis meses para um ano
e meio. Dessa forma, o aluno, depois de formado, passou a ter um tempo maior
para começar a pagar as parcelas do financiamento.
“Depois desse período de
carência, em que não se paga nada, o estudante tem um prazo equivalente a três
vezes a duração do curso e mais 12 meses para pagar o financiamento. Temos
ainda outra novidade: o aluno de baixa renda pode agora contar com o Fundo
Garantidor, que permite a assinatura do contrato sem a necessidade de fiador”,
explicou.
A inscrição para o Fies pode ser
feita pela internet em qualquer época do ano. Os dados do estudante são analisados
por uma comissão da própria faculdade ou universidade escolhida. Atualmente,
mais de 1.500 instituições de ensino superior estão credenciadas no programa.
“O Fies é um dos mais importantes
instrumentos da nossa política de dar acesso à educação superior a todos que
quiserem. Para isso, contamos também com a expansão das universidades federais
e do ProUni [Programa Universidade para Todos] por todo o país. Todas essas
ações são fundamentais, porque é com oportunidades na educação, na profissionalização
e no mercado de trabalho que vamos construir um país muito mais próspero e
justo”, concluiu.
Edição: Graça Adjuto
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