Da Agência Estado
imagem: exame.abril.com.br |
O Brasil está na contracorrente do cenário internacional
e tem uma "visão clara" da melhoria da qualidade de vida da sua
população, disse nesta quinta-feira (12) a presidente Dilma Rousseff, lembrando
que nos países mais avançados há um aumento significativo da desigualdade. O
comentário foi realizado na cerimônia de anúncio do resultado da seleção de
propostas do programa "Minha Casa, Minha Vida 2" para municípios com
até 50 mil habitantes. A solenidade ocorreu no auditório de um hotel de luxo de
Brasília.
"Há um aumento significativo da desigualdade de
renda nos países mais avançados do planeta", discursou Dilma, lembrando o
movimento Ocupe Wall Street. "O Brasil está na contracorrente. É um País
que tem visão clara da importância da melhoria de vida da sua população. De
fato, país rico é pais sem pobreza, mas país sem pobreza é país que precisa de
várias oportunidades para sua população, precisa da casa própria, acesso a
serviços de saúde e educação, precisa de renda", discursou Dilma.
O governo fixou meta de construir 2 milhões de casas até
2014, mas a presidente voltou a afirmar que pretende elevá-la para 2,4 milhões
de unidades, como já havia sido prometido durante viagem internacional a Índia,
no mês passado. "Estamos concluindo o processo de colocar, além dos 2
milhões de moradias, mais 400 mil. No próximo mês, vamos anunciar que o Minha
Casa Minha Vida passará a ser 2,4 milhões, falta ainda distribuir esse
porcentual pelas faixas de renda e pelos municípios", afirmou a
presidente.
Dilma defendeu fazer desenvolvimento econômico com
justiça social, destacando que a construção de casas pelo programa Minha Casa
Minha Vida produz um "círculo virtuoso". "Produzir moradias nos
municípios abaixo de 50 mil habitantes significa levar pra lá também dinamismo
econômico", afirmou Dilma.
"Falta casa e tem miséria. É ali que tem de estar o
Minha Casa Minha Vida. Ele será instrumento cada vez maior que vai permitir que
transformemos o Brasil", disse a presidente. Dilma defendeu um esforço
conjunto de governadores, prefeitos e do Congresso Nacional para a execução do
programa.
Em relação à cerimônia de hoje, foram selecionados 2.582
municípios para a construção de 107.348 unidades, com investimento previsto de
R$ 2,8 bilhões. De acordo com o Ministério das Cidades, o critério de maior
peso na seleção dos municípios foi o nível de pobreza das localidades.
"Foi preciso fazer muitos cálculos para que
chegássemos aqui, cálculo sobre como fazer mais com menos, ajudar os
brasileiros que mais precisam, mas o único calculo que não se fez foi o
político", disse o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. Em dezembro do
ano passado, o governo anunciou obras de saneamento no Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) 2 em municípios com até 50 mil habitantes.
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