Do Ne10 por Silvana Melo
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“ ... E vos declaro marido e mulher.” Pronto.
Casados e felizes para sempre? Não. O casamento não é um conto de fadas. Na
maioria das vezes, é aí que se inicia o fim do namoro. É grande o número de
casais descontentes com seus relacionamentos minados de conflitos que muitas
vezes provocam insatisfações sexuais da mesma forma que os problemas sexuais
podem prejudicar a vida afetiva dos mesmos.
Muitos
casais sentem, no íntimo, a falta que faz o namorar. Mas, então, por que não
namoram? A questão é muito complexa e muitas são as raízes: a rotina, os
problemas do dia a dia, as dificuldades financeiras, as mágoas acumuladas são
alguns dos motivos. Existem também razões inconscientes: a luta pelo poder da
relação e a dificuldade da entrega afetiva de um ou de ambos os parceiros são
alguns exemplos. Outra razão também muito comum acontece com a chegada dos
filhos. Algumas mulheres quando se tornam mães deixam de se sentir sedutoras e
assumem toda a “santidade da maternidade” - afinal, elas aprenderam que a
“mulher santa” é assexuada. Além do mais, existem homens que não conseguem
enxergá-las também como aquelas dos tempos de namoro. As veem simplesmente como
“mãe”.
Somado a
tudo isso está registrado no inconsciente coletivo do ser humano que casamento
e namoro não combinam. Esse pensamento vem sendo transmitido de pai para filho
há muitas gerações. Antigamente o casamento tinha como objetivo único a união
política, social e econômica das famílias. Não havia lugar para paixão, amor
nem para o prazer sexual. No matrimônio, sexo era só para procriação. Hoje se
quer muito mais de um casamento.
Muitas
mulheres sofrem e buscam aquela doce intimidade do início do relacionamento:
conversar, rir e se divertir juntos. Os homens também desejam o mesmo, mas a
maioria deles não consegue identificar e muito menos expressar tal necessidade.
Estamos vivendo um momento de transição, onde os relacionamentos precisam ser
revistos e modificados.
Homens e
mulheres precisam enxergar no outro um ser humano que deseja amar e ser amado.
E, para isso, precisam não só superar conflitos individuais como também tomar
consciência de que ambos são responsáveis pelo sucesso ou fracasso do seu
relacionamento. Aprender a cultivar os elogios sinceros, abraços profundos,
olhos nos olhos e se divertirem juntos. Enfim, a gostar da companhia um do
outro.
Precisam
saber que os relacionamentos obedecem a fases e que, para viverem sentimentos
mais sólidos e mais profundos, não precisam necessariamente abrir mão dos
momentos de romance, emoção e excitação juntos. Cabe a cada casal criar o tipo
de relacionamento que deseja para si. Afinal, apesar de ser minoria, existem
casais que continuam sentido desejo e prazer; inclusive sexual, mesmo após
vários anos de casados. E por que não
vocês?
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